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E elle respondeu que aquellas gentes eram inimigos d'el-rei d'Aragão, e que os podia tomar de boa guerra. E el-rei lhe mandou dizer, outra vez, que fosse certo, se os deixar não quizesse, que mandaria prender em Sevilha todos os mercadores catalães que ahi eram, e tomar-lhes todos seus bens.

Ao tempo que o dito Rei falleceu não eram em Thomar outras pessoas principaes, depois do Principe D. Affonso e seu irmão, salvo a Rainha D. Lyanor sua mulher, filha d'El-Rei D. Fernando d'Aragão, e o Infante D. Pedro, irmão primeiro legitimo d'El-Rei: o qual, por dar ordem ao alevantamento d'El-Rei D. Affonso seu sobrinho, e ás outras cousas que pertenciam para bem do reino, ficou na dita villa e não foi com o corpo de seu irmão, a que não falleceu outra muita e honrada companhia.

E para sosterdes vossa empresa tendes em vossa ajuda mui certos a mim e ao conde d'Ourem que aqui está comigo; e assi a cidade de Lisboa que vo-lo requere; e comvosco serão outros muitos que nos ajudarão n'esta contenda; e então venham os do juramento armados contra vós; e os Infantes d'Aragão entrem a favorecer o partido de sua irmã».

E por um modo de victoria e vingança, assi no reino como fóra d'elle, para cobrar o Regimento dobrou suas forças e deligencias, para o qual enviou notificar e se queixar aos Infantes d'Aragão e á Rainha de Castella seus irmãos, como por força lhe tiravam o Regimento, e a titoria de seus filhos.

E de Ledesma a que chegou, enviou seus messegeiros ao conde para saber sua determinação e vontade, e para lh'a fazer maior e mais forte, lhe enviou novos esforços com esperança de grande honra e acrecentamento seu; os quaes messegeiros foram a elle, que estava em Guimarães ao tempo que os Infantes chegaram a Lamego, e sendo de sua chegada d'elles certificado, e da maneira e tenção com que iam, não pôde dessimular a muita tristeza e grande cuidado que por isso recebeu, e respondeu á Rainha escusando-se com coisas necessarias, a não poder cumprir por então seu requerimento, reprendendo com largas razões o pouco cuidado que os Infantes d'Aragão para sua restituição mostravam.

Liança do Infante D. Pedro com o Condestabre e Mestre d'Alcantara de Castella, contra os Infantes d'Aragão, e das ajudas que lhe deu E para melhor entendimento d'este passo é de saber, que no tempo que El-Rei D. João o segundo reinava em Castella, era Condestabre este D. Alvaro de Luna, homem abastado de saber e malicia, com pouco temor de Deus.

Como a Rainha D. Lianor se foi á côrte d'El-Rei de Castella, e das embaixadas que vieram a Portugal A Rainha n'esta enganosa confiança de sua certa restituição se foi á côrte d'El-Rei de Castella, a que os Infantes d'Aragão então governavam de todo; dos quaes logo em sua chegada foi com muita honra e acatamento recebida e agasalhada.

D'estas mudanças foi o Regente algum tanto sabedor; mas confiando na concordia que entre elles era feita, e por não mostrar que com achaques a rompia, não quiz sobre uma cousa nem outra fazer novas alterações; e porém elle não era em certo sabedor que a Rainha se queria partir para o Crato. Como o conde de Barcellos fez liança com os Infantes d'Aragão, e como foi por isso muito prasmado

E alli tiveram as mesmas praticas e acordos de Gibaltar sobre casamentos e lianças, que em fim não houveram effeito, porque a Infante D. Isabel de Castella, contra vontade d'El-Rei D. Anrique, e por meio do Arcebispo de Tolledo casou logo com D. Fernando, Principe d'Aragão e de Cicilia, que depois reinaram pacificamente em Castella, e o Principe de Portugal casou com a Senhora D. Lianor sua prima com irmã, filha maior do Infante D. Fernando, que depois foi Rainha de Portugal.

E o que d'estes requerimentos se pôde logo saber, foi que não nasceram da propria vontade d'El-Rei, em cujo nome vinham; mas dos Infantes d'Aragão, seus cunhados, que então picavam com elle, e governavam o reino, com fundamento de meter este reino em necessidade, e elles por seus meios e com sua privança o remedearem, e esperando que por isso carregariam maior obrigação a El-Rei de Portugal e a seus reinos e vassalos, para as necessidades suas, em que esperavam de se vêr, como viram: por quanto fizeram então lançar fóra d'El-Rei de Castella e de sua côrte o condestabre D. Alvaro de Luna, grande poderoso, e muito seu imigo.

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