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Atualizado: 18 de maio de 2025


A perfida insinuação produziu o desejado exito. Dominado pela cubiça de succeder no throno depois da morte do irmão, o filho de Ignez de Castro pensou nos meios de se livrar da que havia escolhido por mulher, mais n'um impeto de ardor brutal e ephemero, do que por esse affecto intenso e intimo, que se dilata com sereno contentamento até os extremos horisontes da vida.

E assim diz S. Jeronymo que tanta necessidade tem o cubiçoso do que possue, como do que lhe falta, pois lhe falta animo para usar d'elle: e diz n'outro lugar que a avareza e cubiça fez no mundo pobres, porque assás o é mais, que todos, o que tudo deseja; e possuindo mendiga, e padece como se lhe faltára.

Era funesta uma cubiça, causa de tantas victimas; mas o mal vinha de longe, desde o reinado de D. João III. Os navios, mal desenhados, de muito porão, e, por cima de tudo, abarrotados, não obedeciam ao leme, e eram ronceiros... Verdade seja dita, os antigos não tinham podido admirar as monstruosas carracas de sete e oito cobertas, com alojamento para dois mil homens e porões para mil tonelladas de carga.

Resolvida a contenda, satisfeita a cubiça, aplacada a colera, apparecia depois do guerreiro violento o homem timido e crente, com a visão do inferno e o terror da excommunhão. Por isso os prelados de Braga, Coimbra e Porto eram como tres reis no reino, cujos limites para um unico provavam escassos.

Mas as miras daquella mulher, cuja alma era um abysmo de cubiça, de desenfreamento, de altivez e de ousadia, batiam mais alto do que na triste vangloria de vêr a seus pés um rei bom, generoso e gentil. Através do amor de D. Fernando ella enxergava o refulgir da corôa, e o homem sumia-se nesse esplendor.

E elles testemunharão contra vós na presença do Altissimo: e haverá ahi choro e ranger de dentes. Ambiciosos, que desvairaes o povo, o Senhor leu no fundo dos vossos corações e revelou-me o que ahi está escripto! A cubiça do mando e do ouro é o vosso amor de patria; a vossa ancia de liberdade a sêde de tyrannia.

Imaginou a estupida cubiça d'estes Allanos modernos que devia de estar alli dentro algum grande haver de riquezas incantadas, talvez cuidaram achar sôbre a caveira do rei a coroa real marchetada de perolas e rubis com que fosse interrado, talvez pensaram incontrar appertado ainda entre as sêccas phalanges dos dedos myrhados, aquelle globo de oiro macisso que lhes figura o rei d'espadas do sujo baralho de sua tarimba, e que elles teem pela indisputavel e infallivel insignia do supremo imperio; talvez supposeram que mesmo depois de morto, um rei devia de ser de oiro... Emfim quem sabe o que elles cuidaram e pensaram?

Quem anda lido nos chronistas d'aquella epocha sabe que os taes martyres de Christo em presentindo avultado despojo atraz de qualquer muralha eram capazes de a desfazer com os dentes; e Affonso I lhes cedera o sacco da cidade. Vertendo o sangue para conquistar esta, trocavam-n'o por ouro; perecendo, conquistavam o ceu. N'aquelle tempo associavam-se bem o enthusiasmo religioso e a cubiça.

Não eram ambições de vil riqueza, De conquistas, que augmentam poderio, Ou paixão de cubiça, de torpeza, Para satisfazer um desvario, Ou um capricho vão de fraqueza, O que o levava á busca do gentio: Era mais alto e nobre o pensamento, Que o punha firme n'esse ousado intento.

E pelo contrario Aristoteles chamou a cubiça desejo fóra da natureza. O amor nasce tão nobremente, que tem por objecto a belleza humana, e os dotes naturaes mais excellentes como são graça, juizo, parecer, e perfeição: e assim diz S. Agostinho, que amamos coisas boas, porém com amor mal intencionado.

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