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A taberneira, matrona de papeira, seio farto e braços arremangados, assistia á conversa, sentada a um canto, com os cotovellos fincados no balcão. Junto d'ella dormia pachorrentamente um gato maltez, zebrado, encolhido sobre as patas, como um novello.

Encontro-a nas escadas, com as botas do homem, os cotovellos rôtos, e magra e desleixada que faz piedade. O melhor tempo que eu vivi foi o da enfermaria. Havia uma Irmã que me beijava e fazia festas... Mais felizes são os cães vadios, mais felizes, incomparavelmente, são as arvores. O homem desanca-a. Chega a casa e bate-lhe, faz-lhe tratos. Se ella chora e se queixa desanca-a mais.

O baile público mais semsabor, detestavel de barulho e confusão, em que, para repousar os olhos n'um rosto conhecido e agradavel, foi preciso furar por entre centenas de cotovellos barbaros que se não sabe d'onde vieram, levar desalmadas pisadellas do dançante noviço, do deputado recemchegado, e das botas novas do novo director da Galocha e, mais horrivel que tudo! ver as absurdas toiletes, os penteados fabulosos, as caras incriveis e as antidiluvianas figuras de tanta mulher feia e desastrada... pois esse mesmo baile, quando ja não é senão reminiscencia que acorda no meio do infado ronceiro de uma terra de provincia, parece outro.

Atravessar a gente por entre duas filas de criados gordos e graves como embaixadores, indo por baixo dos lustres, pizando um tapete espesso, dando o braço a alguem, ou seguindo mesmo, atraz, sosinho, na turba dos obscuros, com a claque debaixo do braço; entrar na sala de jantar, tepida, fulgurante de luz; contemplar a mesa de um aspecto tropical pela natureza das fructas e pela fórma das flôres trasvasadas do plateau, procurarmos o nosso nome nos bilhetes que estão em cima dos guardanapos; sentarmo-nos ao dôce murmurio dos vestidos que se enfôfam ao nosso lado e dos talheres que telintam; desdobrar nos joelhos um amplo guardanapo, frio, lustroso e pesado, de linho de Irlanda; aconchegarmo-nos, unirmos os cotovellos ao corpo e inclinarmo-nos sobre o prato; metter na bocca a primeira colher do sopa, sentir estalar e derreter-se no dente o primeiro rabiolo, escorrendo no paladar o acre succo dos espinafres, em quanto a nossa visinha da esquerda mette a sua luva enrolada no copo do Madeira, e a nossa visinha da direita morde atrevidamente no pão deixando-nos vêr de lado todos os seus pequeninos dentes mais lindos que as suas perolas ... isto é realmente acharmo-nos n'um dos momentos mais augustos que a civilisação e a elegencia concedem ao homem em paga dos sacrificios que elle lhes tem feito nos esmeros da educação e na alta cultura do espirito.

Não, francamente, ó Felix, vós, que tendes tantos officios medico, engenheiro civil e agronomo vós, que sois na sciencia o mesmo que são na musica os homens dos sete instrumentos, que fazem uma orchestra batendo com todas as partes do corpo, vós que egualmente sois medico com a bocca do estomago, engenheiro civil com os cotovellos, agronomo com o nariz e escriptor publico com os calcanhares, porque não deixaes vós de ser, pelo menos, um preceptor da infancia, um escriptor das escolas?!...

Parecia muito afflicto, em grande desespero, relanceando em redor os olhos, sem fixar a vista em nenhum objecto, como se apenas pudesse olhar para a sua desgraça. Tirou o chapeu, fincou os cotovellos nos joelhos, e com as maçãs das faces sobre os punhos cerrados, arrepelou as barbas para cima dos olhos.

E eu, com quarenta mil reis mensaes de rendimento, tenho gasto metade do capital, e desconfio que devo a outra metade. Pois se queres ser homem de juizo, deixa cossar-se o teu casaco nos cotovellos, limita o teu luxo de equitação a um cavallo digno de ser cantado pelo Manoel Duarte Ferrão, faz de conta que colhes doze carros de pão e quinze pipas de vinho verde e serás feliz.

E, arrojando a broca e o maço pelo respaldo do penedo, sentou-se com os cotovellos fincados nas pernas, e scismou alguns segundos com a cara tapada pelas mãos esfoliadas e negras de terra. O filho esperava, indeciso entre o odio e a compaixão.

E tu, que és anguloso, que trazes sempre o casaco a dançar nas protuberancias osseas e os joanetes a luctar com as botas, tu, que és uma pessima figura e talvez uma boa alma, tu nascerias pêra de sete cotovellos.

Mas, a essa hora de tumultuosa alegria, Domingos Leite, depois de ceia, encostou os cotovellos á meza, apoiou a barba entre as mãos, e disse a Roque da Cunha: Parece-me que foi Leonidas, na vespera da passagem das Thermopilas, que disse aos trezentos companheiros da sua funesta façanha, depois de jantar: «hoje aqui jantamos, e iremos cear ao reino de PlutãoOnde iremos nós cear ámanhã?