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Deixas passar hum gôsto d'anno em ano, Porque, com nosso opprobrio e tua gloria, Nos faças mais patente o teu engano. Sempre assi vai comtigo a mor victoria, Deixando-nos somente por herança D'hum possuido bem triste memoria. Quem faz de ti alguma confiança, Sabendo ja que quem de ti confia, D'hum engano penoso emfim se alcança?

Pêlas 11 horas da noite do dia 15, formou-se sobre nós uma tormenta, que despedio innùmeras faïscas e copiosa chuva, deixando-nos completamente molhados.

Morte que, sem piedade, uma a uma arrebata, Como um tufão que passa, as nossas affeições. E, deixando-nos sós, lentamente nos mata, Abrindo-lhes a cova em nossos corações. Parenthesis de sombra entre o poente e a alvorada, Morrer, é ter vivido, é renascer... O horror Da Morte, o horror que gera a consciencia do Nada, Quem vive é que lhe sente o afflictivo travor.

O effeito, segundo a vulgarissima accepção d'este vocabulo, não era o seu principal objecto, como cumpre que seja para todo o verdadeiro escriptor dramatico, mas unico as miras todas pô-las unicamente em bater neste alvo e em verdade ninguem o alcançou como elle; deixando-nos assim o mais notavel exemplo de sacrificio de alta e duradoura reputação a troco de inegualavel mas temporaria popularidade.

Os que nos querem, os que nos amam, os que nos entendem, ficarão comnosco. Os outros, deixando-nos, prestam-nos favor. Lezam-nos sómente na vaidade, que é vicio ruim, grama que custa a deitar fóra. Portanto, melhor. E se nos insultarem e injuriarem, melhor. E se nos perseguirem, melhor. E se nos apedrejarem e ensanguentarem, melhor ainda, muito melhor.

No entanto podeis crer ó lucidos fantasmas Que o seculo, afinal, Occulta no esplendor não sei que vis miasmas Que fazem muito mal! E quando vós passaes, nas horas do mysterio D'estrellas revestidas, Bebemos nós, talvez, o aroma deleterio Das rosas corrompidas! Oh sim! parti depressa; erguei-vos d'este abysmo Archanjos ideaes, Deixando-nos colher a flôr do realismo Nas coisas triviaes!

Como é soberbo todo esse quadro immenso, cheio de vida e de luz, deixando-nos apreciar por momentos o bulicio da cidade, a serenidade das aguas do Douro, que serpeia em baixo, a agitação continua do mar, cujas ondas se vem ao longe n'um revolutear continuo, e a tranquilidade da vida aldeã, que se adivinha com as primeiras casinhas que se descobrem do outro lado, no Monte das Chãs!...

Afóra este inconveniente, ainda ha o dos lobos, que muitas vezes tomam conta das nossas cadellas, devoram-nas com uma perfeição e rapidez fabulosas, e, quando Deus quer, fazem dos nossos corpos um supplemento nutritivo ás nossas cadellas, deixando-nos a alma por muito grande obsequio.

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