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Quando as fermoſas Ninfas cos amantes Pella mão ja conformes & contentes, Subião pera os paços radiantes, E de metais ornados reluzentes: Mandados da Rainha, que abundantes Meſas, daltos manjares, excelentes, Lhe tinha aparelhados, que a fraqueza Reſtaurem da canſada natureza.

Fui um dia a vila, Gil, E logo, ó sair da casa, Mais verde que um perrexil Cuidei que matava a brasa De galante e de gentil. Bem passei cos viandantes Mas despois la, quando cheas Vi ruas de outros galantes, Se eu viera ufano de antes, Não tornei tal ás aldeas. Dezia um vendo me assi: Bom vai o do barretinho! Outros dar os olhos vi, Outros chamar me ratinho, Tanto que me escondi.

O Rei de Badajoz era alto Mouro, Com quatro mil cauallos furioſos, Innumeros piões, darmas & de curo Guarnecidos, guerreiros & luſtroſos: Mas qual no mes de Maio o brauo Touro Cos ciumes da vaca, arreceoſos, Sentindo gente o bruto, & cego amante Saltea o deſcuidado caminhante.

E fareis claro o Rei, que tanto amais, Agora cos conſelhos bem cuidados, Agora co as eſpadas, que immortais Vos farão, como os voſſos ja paſſados: Impoſsibilidades não façais, Que quem quis ſempre pode: & numerados Sereis entre os Heroes eſclarecidos, E neſta ilha de Venus recebidos. ❧ Canto Decimo & vltimo.

Quando tantas bandeiras, tantas gentes Poſeram em fugida, de maneira, Que ſete illuſtres Condes lhe trouxerão Preſos, afora a preſa que tiuerão? Com quem forão contino ſopeados Estes, de quem o eſtais agora vos, Por Dinis & ſeu filho, ſublimados Se não cos voſſos fortes pais & auôs?

Aqui feita do barbaro gentio A ſupersticioſa adoração, Direitos vão ſem outro algum deſuio, Pera onde eſtaua o Rei do pouo vão: Engroſſando ſe vay da gente o fio, Cos que vem ver o eſtranho Capitão, Eſtão pelos telhados & janellas Velhos & moços, donas & donzellas.

Cantaua a bella Ninfa, & cos acentos Que pellos altos paços vão ſoando, Em conſonancia ygoal, os inſtromentos Suaues vem a hum tempo conformando: Hum ſubito ſilencio enfrea os ventos, E faz hir docemente murmurando As agoas, & nas caſas naturais Adormecer os brutos animais.

Vello ca vai cos filhos a entregarſe, Acorda ao colo, nu de ſeda & pano, Porque nam quis o moço ſogeitarſe, Como elle prometera ao Castelhano: Fez com ſiſo & promeſſas leuantarſe O cerco que ja eſtaua ſoberano, Os filhos & molher obriga aa pena, Pera que o ſenhor ſalue, a ſi condena.

Neſta freſcura tal deſembarcauão Ia das naos os ſegundos Argonautas, Onde pela floresta ſe deixauão Andar as bellas Deoſas como incautas, Algũas doçes Cytaras tocauão, Algũas arpas, & ſonoras frautas, Outras cos arcos de ouro ſe fingião Seguir os animais, que nam ſeguião.

E ainda amarrando-lhe o cós, dirige-se cantando por entre as dunas cobertas de ajurús, até ao caminho que leva ao sitio. então, o negro Manoel sae do mattagal, corre á praia, ao ponto onde, momentos antes, estivera a tapuia. Tem os olhos injectados de sangue, os labios entreabertos: arqueja.

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