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Atualizado: 4 de junho de 2025
E a cinza com o tempo attinge uma espessura, Que nem os mais crueis desesperos abalam;
E no tronco de huma árvore estara, N'huma rude cortiça pendurado Escripto co'huma fouce, e assi dirá: Almeno fui, pastor de manso gado, Em quanto o consentio minha ventura, De Nymphas e pastores celebrado. Se algum dia, por caso, na 'spessura Se perder o amor e a affeição, Tirem a pedra desta sepultura, E em figura de cinza os acharão. FRONDOSO e DURIANO.
Ia principiar o reinado dos véos, durante o qual a piedade e a moda levam ás sextas-feiras a multidão para a igreja de S. João Novo, e ao domingo despejam meia cidade nos arrabaldes proximos, para assistir á procissão dos Passos e ao respectivo sermão do encontro. Quasi toda a manhã de quarta-feira de Cinza passou-a Carlos em casa.
Amaro, desgostoso e indifferente, não se queixava; comia mal, á pressa; mandava vir o café, e ficava horas esquecidas sentado á mesa, quebrando a cinza do cigarro na borda do prato, perdido n'um tedio mudo, sentindo os pés e os joelhos frios do vento que entrava pelas frinchas da sala desabrigada.
Almas misteriosas, em que sonharão?... Como que n'um dubio lusco-fusco abstracto, De ter sido tigre lembra-se inda o gato?... De ter sido hiena lembra-se inda o cão?... Eis as brasas mortas... Eil-o já converso O castanheiro em cinza, em fumo vão, em luz... Luz e fumo e cinza tudo irá disperso Reviver na vida eterna do universo, Circulo de enigmas, que ninguem traduz...
Ella estava por força na sentimentalidade ephemera d'um mau momento, vendo côr de cinza por uma ennublação instantanea da sua viveza de rapariga nem admirava, com a doença da senhora marqueza... E senão, que queria dizer tudo o que lhe ouvira? Das suas palavras, não resahia uma só causa de soffrimento legitima.
E antes que ela falásse, aquele Vulto Soltou no ar sombrio, uma risada; E o Echo, estremunhando, repetiu-a, E foi, de vale em vale, desfazer-se, Cinza de som, na cinza da Distancia. E ela, irada, agitando a relusente Fouce cruel, gritou: "Quem és? Quem és? Mas quem se atreve assim a rir da Morte?" " Eu este doido espirito que ri...
Sempre, sempre, sempre, cinza, fumo e chama Viverão, morrendo a toda a hora... sempre!... Nuvem que troveja, calix que enbalsama, Planta, pedra, insecto, humanidade, lama, Serão tudo, tudo!... inconcebivel!... Sempre! Mas a alma, as almas quem as ha criado?
E as senhoras, oriundas de tão distinctos appellidos, adornadas com as telas e estofos preciosos de épocas, que já acabaram, parecem estremecer de jubilo, e anciarem pelo futuro d'aquelles tempos, que são hoje, para nós, o passado, e a cinza d'aquelles cadaveres.
Quando um d'elles então n'uma ironia rude, E erguendo-se de pé, na vasta confusão, Com um rir bestial ergueu uma saude Áquella que tornou-me em cinza o coração!... Ah! seu nome cruel, de subito lembrado, De novo reabriu todas as minhas magoas! E desfeito, de pé, senti-me transmudado, Como um morto trazido á praia pelas aguas!
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