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Atualizado: 17 de julho de 2025
Eu amo a noite ás horas socegadas Que o Senhor manda á terra, como balsamo A tanta dôr que a punge, e o sol do dia Parece escarnecer com tanto brilho, Nem sabe respeitar; quando o silencio Com manto protector envolve os tristes, Os que choram saudades; quando o orvalho Refresca o seio á flôr, e em cada balsa A viração prepassa suspirando; Quando é mais puro o ár, mais doce a brisa, Mais sumidos, mais vagos os rumores, E detraz da montanha, saudosa Como a virgem dos sonhos, surge a lua.
Teus olhos, por descargo da consciencia, a idade os tem mettidos em duas lapas, fazendo penitencia; e estão tão escondidos, que, quando os vou buscar porque me choram, não acerto co' bêco aonde moram; porque o tempo os mudou, seu passo a passo, da flor do rosto lá para o cachaço .
Um que tem chagas, velho, coitado, Quer ligaduras ou mel-rosado. Outro, promessa feita a Maria, Deitam-lhe azeite na almotolia. Pelos alpendres, pelos curraes, Dormem deitados como animaes. Em caravanas, em alcateias, Vão por herdades, vão por aldeias... Sabem cantigas, oraçõesinhas, Contos d'estrellas, reis e rainhas... Choram cantando, penam resando, Ai, só a morte sabe até quando!
E este, que tão frondoso opáca os valles, ¿por que o rodeia um bando taciturno dos fortes de Galaad? as suas armas jazem quebradas; sua dor vai funda; dos olhos tristes para o ceo voltados pelo rosto amarello lhes escorre grosso pranto, que alaga as f'ridas frescas. Choram Saul, e a régia descendencia, que mortos no combate aqui descançam.
Tudo tão triste, dias sem pão, e o amor a prendel-os, a unil-os, mais forte que a desgraça. Não sentem odio, nem teem forças para gritos. Baixinho o velho Gebo e a filha choram aquella que a terra primeiro tragou. Se o Senhor tambem nos levasse... E Sofia bebendo do mesmo copo: Tenha paciencia, tenha paciencia... Se o senhor nos levasse juntos, na mesma hora... Cuido que não tinha tanto frio.
Não verás o teu leito cercado de parentes avidos, de criados indifferentes, de padres que te dêem os santos oleos bocejando, n'um quarto escuro e abafado, entre o cheiro dos remedios: morres diante do ceu, aos emballos do mar, ao cheiro da maresia, entre velhos marinheiros da India, que te choram, sob o sublime ceu, na plena liberdade dos elementos!
Os olhos d'aquelles que te amam ainda não choram por ti.
Como as sombras do Tartaro, choram o nosso sol, as sombras, as frescas ribeiras, os pampanos dos nossos vinhedos, e todos os prazeres sensuaes de que ávidamente estão sequiosos e privados.
Estes entes soffrem com o rosto sereno e choram com o sorriso nos labios, porque se chora de dois modos: umas vezes deixando correr as lagrimas, outras recolhendo-se ao coração a queimarem essa bella flôr da juventude chamada a esperança. A vida n'estes casos é um desejo infinito que se afoga em pranto porque se vê a felicidade que se deseja rodeada de uma muralha cheia de impossiveis.
Emquanto os ecclesiasticos virtuosos e instruidos choram em silencio a vergonha da sua classe, e emquanto os prelados dormem tranquillos nas suas cadeiras episcopaes, Deus salve a igreja portuguesa dos tristes dias de tempestade!
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