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Atualizado: 15 de junho de 2025
As casas do centro do Lisboa, de uma uniformidade cellular monotona, parada como um olhar idiota, sem pateo, sem uma arvore, sem uma folha de verdura fresca e palpitante, tendo por amago o saguão sombrio e infecto, com a ultrajante pia no interior da cozinha ao lado do fogão por baixo das caçarolas, com alcovas sem luz, enodoadas pelas manchas dos canos rotos, inficionadas pelo cheiro nauseabundo do petroleo e da alfazema queimada, são os sepulchros da saude e da alegria.
Para onde?.... Debaixo de mim, até ao mais fundo das minhas raizes quantas vidas protegi e defendi!... As minhas raizes tocavam na vida!... As vezes cahia um pé d'agua, mas depois vinham sempre teias de sol, fios de sol, para me enredar e o sol traz consigo um cheiro a terra e a renovo que consola, o halito dos montes e dos pinheiros meus amigos.
Elles tem dito e escripto que o Peccado Anda disperso e roe o mundo inteiro, Que habita o duro coração guerreiro, E o peito femenino e delicado. Que anda no ar, em nós, da flor no cheiro, Das pugnas no ruido desolado, No vinho, na paz doce do mosteiro, No corpo da mulher perfeito e amado!
Os chapeus adornam-se com velhas flores em terceira mão, desbotadas e tristes; e das cuias, caidas sobre a mancha gordorosa que tem entre as espaduas a alpaca poida dos vestidos, sae um cheiro acido de cabellos humidos e embrulhados, em fermentação.
Agora, que estás aqui sósinha, agora, que todos fogem receiosos do cheiro da tua podridão, agora te posso eu dizer que te adorei como nunca foste adorada! Já não ha vozes de festa e de applauso em torno de ti, mas ha a minha voz, querida, a minha voz e as minhas lagrimas... Pois não vês tu que estou chorando? E quem mais te chorará no mundo a esta hora? Ninguem!
Coimbra. Tu és o cheiro que exhala Ao ir-se abrindo uma flôr, Tu és o collo que embala Suas primicias d'amor. Tu és um beijo materno, Tu és um riso infantil; Sol entre as nuvens do inverno, Rosa entre as flôres d'abril. Tu és a rosa de maio, Tu és a flammula azul, Que atam á flecha do raio As nuvens negras do sul. Tu és a nuvem d'agosto, Meu alvo vello de lã!
A seu turno o Alberto pensava: Uma romantica, ein!... gostava da mulher que não fosse prosaica, mas parecia-lhe que a sua tinha essas qualidades exageradas, e depois um vidrinho de cheiro, tinha genio, conhecia-se; mas havia de amansar, que remedio!... mas, com os demonios, não era agora occasião de pensar n'isso.
Só em pequeno é que eu senti correr em mim a vida. Guardo ainda o cheiro á essencia dos pinheiros mansos, que eu vi ha muitos annos, o cheiro a bravio que o matto orvalhado tinha de manhã, e que me fazia scismar na vida feliz dos lobos e dos bichos, que respiram o ar livre e são; que dormem sem cuidados nas tocas ou nas sombras fôfas; que matam sem remorsos. O nosso quintal!
Alguma cousa ha aqui que não é costume! E poz-se a esquadrinhar por todos os cantos, mas nada encontrou. A mãe, então, ralhando-lhe, disse: Ainda agora arrumei a casa e andas tu a pôr tudo em polvorosa; não tens outro cheiro que não seja o de carne humana! Anda d'ahi, senta-te e come, que o teu mal é fome!
O quarto era pequeno, illuminado por uma janella que deitava para a rua. Sobre o leito em desalinho, alguns jornaes, dobrados uns, abertos outros Le Rappel, La Petite Republique Française, La Justice... A atmosphera estava impregnada d'aquelle cheiro caracteristico das longas enfermidades dolorosas.
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