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Atualizado: 25 de junho de 2025
O dia 5 de abril é o de Santo Adriano e é o de Danton e de Camille Desmoulins. O dia 23 do mesmo mez é o aniversario do nascimento de S. Jorge e é tambem o da morte de Shakespeare e de Cervantes. Nem toda a gente sabe, de pronto, sem consultar a collecção dos bolandistas ou o Flos Sanctorum o que foram precisamente para o mundo e para Deus, Bernardino, Adriano ou Luciano.
Foi elle que creou em Hispanha desde o seculo XVI até o seculo XVII no meio da maior escravidão e do maior fanatismo, o mais brilhante grupo de artistas que tem visto o mundo: Velasquez, Murillo, Herrera, Zurbaran, Lope de Vega, Calderon, Cervantes, Tirso de Molina, Luiz de Leon. O profundo mysticismo de «Quixote» é um reflexo do poder da fé em todos esses espiritos.
Mas, como na historia do malicioso Cervantes, estes dois principios tam avessos, tam desincontrados, andam comtudo junctos sempre; ora um mais atraz, ora outro mais adiante, impecendo-se muitas vezes, coadjuvando-se poucas, mas progredindo sempre. E aqui está o que é possivel ao progresso humano. E eisaqui a chronica do passado, a historia do presente, o programma do futuro.
N'um a estatua delicada e quasi feminil denunciava a fina constituição de uma natureza naturalmente aristocratica; no outro a obesidade das fórmas dava idéa do Sancho Pança de Cervantes, ainda que a alta estatura mostrasse que esta nova edição do governador da Barataria era feita n'outro formato.
Immortal é Cervantes, mas a figura entre sublime e comica do seu heroe, é mais do que o symbolo da Hespanha, é a personificação da humanidade, como abstrusa e paradoxal composição de loucura e heroicidade. Immortal é o Camões, mas é immortal para os seus, immortal para os extranhos. Para os seus, porque em versos admiraveis divulgou as empresas, em que foram protagonistas.
Foi assim que aquella alma cristallina, para quem a idade-média tinha sido uma delicia, exhalou o derradeiro suspiro, emquanto o velho Leão, sempre de joelhos, lia o D. Quichote de Cervantes, o epitaphio eterno da idade-média.
Foi composta pelo marquez de Vilhena, e só sabemos que era uma peça allegorica, em que figuravam a Justiça, a Paz, a Verdade, e a Clemencia, de modo que pertencia á classe das moralidades, que tiveram voga por algum tempo, na infancia da arte dramatica hespanhola, e que depois Cervantes fez reviver.
Ao fallar Cervantes de Valencia e de suas lindas mulheres, diz que é gracioso o dialecto valenciano, e que só com o idioma portuguez puede competir en ser dulce y agradable. O sumptuoso palacio de Manases em que se hospedaram os peregrinos em Roma achava-se situado junto ao arco de Portugal.
A casa de Cervantes, edificada na rua do mesmo nome, tem, por cima do portal da entrada, em marmore branco, a seguinte inscripção: «Aqui vivió y murió Miguel de Cervantes Saavedra; cuyo ingenio admira el mundo. Falleció em MDCXVI». Na parte superior está o busto do poeta.
E ainda, se o leitor fôr poeta e se interessar pelos grandes homens, não deixarei de recommendar-lhe a visita ás casas de Cervantes, de Lope de Vega, de Torrijós, de Cisneros e da beata Maria Anna.
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