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Atualizado: 16 de julho de 2025
Caes-me do céo! Este mundo é uma choldra. Se não fosse por alguma hora que se passa em amizade, caramba, não valia a pena andar por cá! Este modo, tão novo no João Eduardo, no Pâcatinho, espantou Gustavo. Porquê? As coisas não correm bem? Turras com a besta do Nunes, hein? perguntou-lhe. Não. Um bocado de spleen.
Dito isto, minha querida leitora, façamos como ellas tomemos o chocolate e tenhamos salero. Caramba! que salero!... A vivacidade do genio hespanhol tem ainda um reflexo do seu bom humor e da sua veia, sempre fina, alegre, e sarcastica a espaços relampagueada por um raio de colera ou por uma faisca de trovoada é o theatro.
«Sagres, é o gentil buque-luso com quatro canhões, dois por banda, montados em rodisios de cana da India, fundeada em nosso porto, hasteando galhardamente el pavilhon das gloriosas quinas portuguezas, tendo attrahido á flôr d'agua até os bacus, tralhôtos e candirus para a admirarem! Caramba!
Grandemente o mereço, caramba, que superiormente philosophei!... E creio que estabeleci definitivamente no espirito do Snr. D. Jacintho o salutar horror da cidade!
Nuvens de mosquitos atordoaram-nos toda a noite. « Caramba! exclamava o barbeiro de bordo, um estimavel hespanhol que traziamos do Rio de Janeiro. Caramba! Mosquitos por mosquitos me gustam mas los del Brasil!» E tinha razão o nosso companheiro. Os mosquitos do Mississipe são muito capazes de dar cabo d'um pobre homem. E que medonha orchestração nos ouvidos da gente?
Este grito de fidelidade, tão altivo, não resoava no poemeto do tio Duarte. E quando o achou, com inesperada inspiração, o Fidalgo da Torre, atirando a penna, esfregou as mãos, exclamou, enlevado: Caramba! Aqui ha talento! Rematou logo o Capitulo. Estava esfalfado, á banca do trabalho desde as nove horas, a reviver intensamente, e em jejum, as energias magnificas dos seus fortes avós!
E já não deslisava a mão desencantada sobre a face, mas batia com ella triumphalmente na côxa. Que sei? Era um Jacintho novissimo. E quasi me assustava, por eu ter de aprender e penetrar, n'este novo Principe, os modos e as idéas novas. Caramba, Jacintho, mas então...? Elle encolheu jovialmente os hombros realargados.
Caramba! era faltar cobardemente a deveres muito santos para comsigo e para com o seu nome!... Em breve os seus camaradas de Coimbra penetrariam nos altos Empregos, nas ricas Companhias; muitos nas Camaras por vacaturas abençoadas como a do Sanches; um ou outro mesmo, mais audaz ou servil, no Ministerio.
Trata-se de uma cousa engraçada, de uma cousa extraordinaria, singular, de uma cousa perfeitamente real, e que não deve a sua existencia neste mundo nem a Marsoo, a modista, nem a Stellpflug, o sapateiro. O salero! Caramba! Sabe a marqueza o que é o salero?
Hei-de-te contar... E com desdenhosa arrogância, atirando o palhinha para a nuca: Bem melhor do que lá nessa pepineira de rèpública. Mas o Silveira, que não cessava de mirar a um e outro lado, interessadamente: Parece-me uma grande cidade, esta? Como no! E bela, caramba! Grande, grande... corrigiu com sentencioso ademan o Azeredo. Sobretudo grande. Quanto a beleza, hay que distinguir.
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