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Atualizado: 26 de junho de 2025
Por tudo isto é mais crível que o Livro das Cantigas do Conde fosse o primeiro nucleo com que se formou por juxta-posição o grande cancioneiro portuguez, do qual um dos apographos é o codice da Vaticana; dizemos por juxta-posição, por que se lhe segue o de el-rei Dom Diniz, e porque muitas canções de codice de Roma se acham aí mesmo repetidas, indicação inevitavel de terem sido colligidas de fontes diversas.
O facto de se encontrarem cincoenta e seis canções communs ao Codice da Ajuda e ao da Vaticana, torna indispensavel o resumir aqui o que se sabe da historia externa do Cancioneiro da Ajuda.
Assim, como já acima vimos, as canções de D. Diniz são no Codice da Vaticana cincoenta e uma a mais do que no de Colocci.
Não chegaram a entrar n'elle canções de el-rei D. Diniz, e portanto entre este e o Cancioneiro de Roma pode fixar-se a existencia de outro cancioneiro hoje desconhecido. Seria a primeira compilação geral, feita mesmo em Hespanha? Tinha intimas relações com o codice de D. Mecia.
A circumstancia de começarem ambos pela trova de Fernão Gonçalves, e de se lêr no codice do Roma a nota: "Manca da fol. ij in fino a fol. 43" provam-nos que o original primitivo já andava truncado e é isto o que dá a mais alta importancia ao Indice de Colocci do Cancioneiro perdido que era a cópia mais antiga, por que o monumento diplomatico estava ainda completo.
No codice authentico do Archivo nacional, onde no impresso se lê «vencendo», está escripto «vendo». «Vendo» torna o sentido da passagem claro. O rei vendo os cinco reis mouros, offereceu o seu corpo a Jesus, e pôs nas suas bandeiras os cinco escudos.
Raro será o anno em que de Portugal não tenha desapparecido um quadro inestimavel ou um codice precioso, sem qualquer apparencia de coherção, sem o minimo reparo, ao menos, do poder executivo, das côrtes ou da imprensa.
Poderia Rebello da Silva pedir o fiel traslado d'esse papel, incluso no codice n.º 10:241, e dal-o no corpo da sua historia, como testemunho das velhas regalias populares nas crises grandes de Portugal; mas dependendo isso de esmeros, pausas e minudencias que se descasam da indole peninsular, o documento ficou desconhecido, apesar da traducção do historiador francez.
Por este mesmo codice de Angelo Colocci, de que resta o indice, achamos que antes da parte que constitue a colecção de el-rei D. Diniz, estavam colligidas varias canções de Dom Affonso Sanches, bastardo do rei, as canções de Dom Affonso rei de Leão, as de D. Affonso XI de Castella, e depois d'estar as do proprio Conde de Barcellos, que são ao todo nove, e tambem as de seu irmão el rei D. Affonso IV. Não era qualquer compilador ocioso que poderia satisfazer a sua curiosidade obtendo d'estes principes e monarchas as canções mais ou menos pessoaes; o Conde de Barcellos estava em uma posição especial, sabia metrificar, era estimado na côrte de D. Diniz e na de Affonso XI, e tendo passado algum tempo em Hesphanha de lá podia trazer canções de varios trovadores que nunca estiveram em Portugal.
Por todos estes factos se vê, que umas vezes o Codice de Roma é omisso com relação ao de Lisboa, o que se poderia impensadamente attribuir a incuria do copista; esta hypothese não pode ter logar, porque o Cancioneiro da Ajuda por muitissimas vezes apresenta eguaes omissões.
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