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E abalava na ponta das alpercatas leves, quando, com um acêno, D. Rui ainda o deteve: Escuta. ¿Que caminho tomas tu para Cabril? O mais certo e sòzinho para gente afoita, que é pelo Cêrro dos Enforcados. Bem.

Assim chegou ao Cruzeiro, onde a estrada se fendia em duas, mais juntas que as pontas de uma forquilha, ambas cortando através de pinheiral. Descoberto diante da imagem crucificada, D. Rui teve um instante de angústia, pois não se recordava qual delas levava ao Cêrro dos Enforcados. se embrenhara na mais cerrada, quando, de entre os pinheiros calados, uma luz surgiu, dansando no escuro.

avistou o cêrro áspero, a água rebrilhante e muda, os madeiros, os mortos. Pensou que fôra ilusão da noite ou ousadia de algum demónio errante. E, serenamente, picou o cavalo, sem sobressalto ou pressa, como numa rua de Segóvia. Mas, por trás, a voz tornou, mais urgentemente o chamou, ansiosa, quási aflita: Cavaleiro, esperai, não vos vades, voltai, chegai aqui!...

Cão! disse o Chico n'um bramido cavo, abrindo para essa palavra um parenthese no assumpto principal da nossa conferencia, e estendendo da porta da rua o punho cerrado e terrivel para o cerro em corcova do cavalheiro da pêra, que continuava a tossir arrimado a uma padieira da janella.

Aqui o vandalismo confunde-se com a demencia. Na Guarda, ninho d'aguias, collocado no cimo de um cerro de granito, a pedra vai calçar a pedra. D'antes, no inverno, o viver alli era bem duro, quando os edificios estavam abrigados atraz da solida cerca.

Na clareira da serra, Que o arvoredo assombra, Quando á luz que fenece Se estira a tua sombra, E o dia ultimos raios Com o luar mistura, E o seu hymno da tarde O pinheiral murmura. E eu te encontrei, n'um alcantil agreste, Meia-quebrada, oh cruz. Sósinha estavas Ao pôr do sol, e ao elevar-se a lua Detraz do calvo cerro. A soledade Não te pôde valer contra a mão ímpia, Que te feriu sem .

Eis porque teus irmãos te arrojam pedras, Ao perpassar, oh cruz! Pensam ouvir-te Nos rumores da noite, a antiga historia Recontando do Golgotha, lembrando-lhes Que ao Christo a liberdade devem, E que impio o povo ser é ser infame. Mutilado por elle, a pouco e pouco, Tu em fragmentos tombarás do cerro, Symbolo sacrosancto. Hão-de os humanos Aos pés pisar-te; e esquecerás no mundo.

Em frente limitavam o horisonte os cêrros escalvados e agrestes de Santo Izidro, coroados não de arvores formosas e de castellos mysteriosos, mas sim de telhados denegridos pelo fumo e de lugubres cemiterios, circumdados de muros de terra. Do lado esquerdo uma planicie estéril e monótona, da qual os accidentes mais bellos são o cêrro dos Anjos e o cêrro Negro.

Atirou logo para dentro do cêrro o cavalo, que tremia; e, parando, direito e calmo, com a mão na ilharga, depois de fitar, um por um, os quatro corpos suspensos, gritou: ¿Qual de vós, homens enforcados, ousou chamar por D. Rui de Cardenas?

O enforcado, encostando tanto o corpo a D. Rui que o magoou com os copos da adaga, segredou: Senhor, convêm que me deixeis no Cêrro! Doce e infinito alívio para o bom cavaleiro pois o Cêrro estava perto, e lhe avistava, na claridade desmaiada, os pilares e as traves negras... Em breve estacou o cavalo que tremia, branqueado de espuma.

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