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Devemos-lhe além disso ter feito mais conhecido e apreciado do que era em Allemanha o grande luminar donde promanaram discipulos como Antonio Ferreira, Diogo Bernardes, Andrade Caminha, e a pleiade de seiscentistas que formam com Luiz de Camões a idade aurea da literatura portugueza.

Não vituperemos Philippe I pelo desamor com que tratou os nossos escriptores. Não cahe a ponto aqui a lista dos talentos portuguezes protegidos pelos reis castelhanos, desde Diogo Bernardes, o moço da toalha, até Manoel de Sousa Coutinho, o incendiario da casa de Almada, que, depois de frade, offerecia a sua chronica ao terceiro dos usurpadores.

Morreu de amor o poeta amoroso que as neves da Scandinavia e a fleugma profissional da diplomacia nunca fizeram esquecer de que era um conterraneo de Diogo Bernardes e de que a sua alma fôra tambem creada á beira da poesia e da melancholia tão lyricas do Rio Lima.

Quiz dizer que quando cuidamos lêr Camões, por exemplo, podemos muito bem estar lendo Bernardes, ou Caminha, ou Bernardim Ribeiro, ou vice versa podemos tambem estar lendo alguns daquelles minores, que foram absorvidos na aureola dos cinco ou seis astros de primeira grandeza ou podemos simplesmente estar admirando o parto engenhoso do editor do seculo XVII.

Por quanto, deve v. ex.^a lembrar-se que os pegureiros do Minho taes fornalhas faúlavam do peito que os visinhos iam prover-se de lume para cozinhar a ceia, como se collige das lastimas d'este pastor do canoro Bernardes: A viva chamma, aquelle intenso ardor Que brando sinto pelo costume, De noite de si tal resplandor Que mil pastores vem a buscar lume.

Completo o anno do noviciado, o irmão de Diogo Bernardes tomou effectivamente o nome de Agostinho da Cruz. Deixára ao mundo o nome que o mundo lhe dera. Desde o dia da profissão, a sua vida foi quasi inteiramente de reclusão meditativa.

O apresentante doudejava no redemoinho das danças, e raros intervallos perdia, perguntando ao condiscipulo se estava contente. Jorge não sabia dançar, porque não tivera tempo de aprender esse appendiculo grutesco da boa educação. Muitas vezes lhe dissera o tio padre, authorisado pelo oratoriano Manoel Bernardes, que danças eram ansas do demonio armadas á alma.

A mesma paternidade das obras é em muitos casos duvidosa. Dos sonetos attribuidos a Camões pelo seu mais recente editor, o sr. T. Braga, boa terça parte não lhe pertencem ou são duvidosos. Tres eglogas de Bernardes são dadas geralmente como de Camões. Ha autos de Gil Vicente que pertencem muito provavelmente a outros autores. Poderiam multiplicar-se estes exemplos.

Verdade é que os pastores minhotos, ha trezentos annos, traziam ao pescoço os retratos das pastoras pintados em madeira, como se deprehende d'estes versos de Diogo Bernardes, o rouxinol do Lima. Pendurei n'um salgueiro a minha lyra Ouvil-a ao som do vento é uma magua, Em logar de tanger geme e suspira.

Ha por ahi muito rapaz intelligente e, a seu modo, instruido, que conhece mais ou menos Molière, Racine, Voltaire e até Rabelais e Ronsard, e que nunca leu um auto de Gil Vicente, uma canção de Camões, uma eglogla de Bernardim Ribeiro ou de Bernardes, uma carta de Ferreira ou de de Miranda.

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