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Depois por tristes ermos, sob tristes silencios, chegára a uma lagôa ennevoada. E á beira da agoa limosa, entre os canaviaes, um homem monstruoso, pelludo como uma féra, agachado no lodo, partia a rijos golpes, com um machado de pedra, postas de carne humana. Era um Ramires. No ceu cinzento voava o Açor negro.

Em Coimbra, todos estes factos foram sabidos e commentados com rancor por D. Maria Francisca e pela filha, com simples curiosidade pelos frequentadores habituaes do palacio da estrada da Beira que, emquanto esperavam o chá, debatiam o caso em voz discreta agrupando-se nos cantos mais afastados da sala.

E tu, ó morena de faces tostadas e pennugentas, de boas cores carregadas, cheia, refeita, tu, que não nasceste á beira do mar, mas nasceste á beira da serra, tu nascerias, se teus paes fossem vegetaes, tu nascerias pêcego.

E iamo'l-a abater, por fim, á beira d'alguma agua morta, coberta de nenufares... Então os cães negros da Tartaria amontoavam-se-lhe sobre o ventre, e, com as patas no sangue, iam-lhe a ponta de dente, desfiando devagar as entranhas...

Era no fim de lançante comprido, estrada batida e limpa, de todos os dias as mulheres irem para a lavagem; e quando eu estava na beira da água, vendo o que estava vendo, então rompeu dela um clarão, maior que o da luz a pino do dia, clarão vermelho, como dum sol morrente, e que luzia desde o fundão da lagoa e varava a água barrenta...

«Gloria! nome vão! sonho e chimera, iris triumphante de vistosas côres, verme lusente que vagueia na hera, sonho d'estio entre luar e flores! Ó giesta gentil da Primavera, amendoeira da manhã d'amores, por que nos gelas do Destino á beira, como a chuva que molha uma bandeira!?

A sociedade recebera-o e bajulara-o quando odios e invejas lhe denegriam o nome, aureolado de aventuras amorosas. Á beira do seu leito de infermidade esqualida, e do seu ataude sotterrado na vala commum, eram seis os restantes dos seus centenares de amigos. A noite era de outubro. O nordeste assobiava nas gradarias dos tumulos, e ramalhava os cyprestes gotejantes do zimbro da tarde.

O caixão appareceu sobre a carroça, não sei como, e sobre elle, o carroceiro, um soldado francez, de largas calças vermelhas e jaqueta azul, sentou-se, perna bamboleante, costas para o macho. Fallou-lhe e partiu. Ao lado da carroça pendia uma lanterna; no limiar da porta ficára uma mulher da Beira, morena, espadaúda e baixa, o cabello empastado na testa e as mãos cruzadas debaixo do avental.

Nos loureiros, á beira dos regatos, debruçados sobre alfobres mimosos, cantavam os rouxinoes. Claudio sentiu-se penetrado de poesia e de amor. A figura de Emilia passou-lhe nos olhos como uma apparição de pureza; não era n'aquelle momento a sensual amante que buscava, era uma belleza ideal que adorava. Romantismo! oh! o maldito romantismo que o atacava! Quando se veria livre d'aquella molestia?

Á beira da estrada, ella, estendendo-te a mão carcomida e triste, pede-te esmola; na escuridão do templo, cheia de vergonha, ella occulta-se ás vistas da gentalha; no recesso das florestas, arrasta-se como um reptil, de tal maneira que nós não sabemos quem ella é, se um animal, se um homem. E, todavia, ella, a canalha, é filha de Deus como nós.

Palavra Do Dia

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