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Não quis mais Almançor comer bocado, Com festa de prazer, e alegria, Dizendo eu estou bem consolado, Não quero comer outra iguaria, E mais pois tenho hospede honrado, Rezam he que lhe guarde cortesia, E pois aqui est

Que trata de como el Rey Almançor morreo em Portugal junto á cidade do Porto, onde chamão Gaya, ás mãos del Rey Ramiro, & sua gente, donde tambem cobrou, & matou sua molher chamada Gaya, que estava com este Mouro, da qual ficou este lugar chamado de seu nome. Composto por João Vaz natural da Cidade de Evora, em verso de oitava rima. Dirigido a dom Miguel de Meneses, Marquez de Villa Real, &.

E com prospero vento, e bonança, Ramiro a seus Reynos ha tornado, Levando de Almançor a tal vingança, E victoria que Deos lhe avia dado. E dahi em diante a sua lança Ja mais Mouro algum ha aguardado, E sempre este Rey lhes moveo guerra Ganhandolhes de Espanha muita terra.

Donde este Almançor tempo esperando, A molher a Ramiro ha furtado, No qual se foy emfim muy bem vingado, Ou estava no furto melhorado, De Gaya Almançor ficou gozando, E com ella ficou como casado, Assi que um peccado outro chama, E fazem na maldade calo, e cama.

Pediolhe de beber o bom Romeyro, A Moura de cortês não lho negava, Mas o vaso encheo, e lavou primeiro, E com mesura lho apresentava, Ramiro lhe tirou o seu sombreiro, E o pucaro dagoa lhe tomava, Que ser de Almançor claro se via, Pellas letras, e armas que trazia.

Nem tratamos aqui das mais pendenças, E batalhas antre estes Reys avidas, Que forão muyto largas, e extenças, E em chronicas estão bem referidas, queremos tratar das differenças, Que antre estes Reys forão movidas Quando Ramiro ouve captivado A irmãa de Almançor, e deshonrado.

Almançor nam curando de argumento Nem rezões que Ramiro apontasse, (Lhe disse em final) que ao tormento, Desde entam alli se aparelhasse, Porque o que dezia era vento, E que da culpa nam se escusasse, Que o que a sua Gaya lhe cont

Deixemos a Ramiro por agora, Sobre seu mal soltar mil desatinos, Chore seu mal que com rezão o chora, mil ays, suspiros muy continos, Até que Deos lhe traga aquella ora, Na qual, nem Mouros velhos, nem meninos Fiquem mais povoando aquella terra, E morra Almançor naquella guerra.

Que dèras Almançor Rey poderoso, (Lhe disse) a quem Ramiro te entreg

Desse Ramiro digo o esforçado, Que deste nome tres com elle hão sido, Daquelle que com Gaya foy casado, Por quem tantos trabalhos ha sufrido, Da qual Gaya do Porto ha tomado; Em Portugal o mesmo apellido, Lugar junto do Douro em o Porto, Onde foy Almançor preso e morto.

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