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Atualizado: 5 de julho de 2025
A raciocinar por esta forma, Maria Alexandrovna tudo é olhar pela vidraça do trem e atiçar o cocheiro. Voam os cavallos, e ella a achar que se não mexem. Aphanassi Matveich, alapardado a um canto, a repetir mentalmente a lição. Até que emfim a carruagem alcança a casa de Maria Alexandrovna!
Maria Alexandrovna faz o signal da cruz á Zina e sae.
Poderá, com uma palavrinha, matar, esfacelar, anniquilar uma pessoa que lhe haja cahido no desagrado, mas sem lhe tocar, sem suspeitar, dir-se-hia, a importancia da dita palavrinha. Semelhante traço de caracter assás trescala a alta sociedade. Tem optimas relações. A Mordassov ainda não veiu pessoa que não ficasse penhorada com as recepções de Maria Alexandrovna.
Mas o principe é cabeçudo e tinha abalado na vespera, depois de jantar, pernoitando em Ignichevo, largara da muda de madrugada, e, justamente na volta do caminho que vae ter á residencia do arcypreste, por pouco se não despenha com a carruagem n'uma barroca. Salvei-o e persuadi-o a vir para casa da nossa amiga commum, a dignissima Maria Alexandrovna.
E é animada por semelhante pensamento que Maria Alexandrovna vem ter com Aphanassi Matveich o qual lhe é necessario, segundo seus planos. Effectivamente, levar o principe para o campo é levál-o para casa de Aphanassi Matveich com quem o principe é possivel não se dar lá muito de travar conhecimento: mas se Aphanassi Matveich fôr o proprio a convidál-o, o caso muda de figura.
E a mim que me importa? responde Maria Alexandrovna, a desfechar as palavras por cima do hombro a madame Ziablova. Como se me interessasse o que poderá pensar Anna Nikolaievna! Tenho a certeza em como não serei eu que mande seja quem fôr á sua copa. E demais, fique sabendo, muito me admiro de que me façam passar por inimiga da Anna Nikolaievna, coitada! Pois é opinião corrente em Mordassov. Ora seja juiz, Pavel Alexandrovitch. Conhece-nos a ambas: por que é que eu havia de ser sua inimiga? Para lhe disputar a supremacia? Sou indifferente a essas coisas! Ella que seja a primeira, eu lhe irei dar os parabens! Emfim, é injusto, e quero defendêl-a.
Principe, conclue ella com um tremor na voz, querido principe, não me deve querer mal por esta minha indiscreção. O auge do contentamento, eis o que conseguiu arrancar-me do coração, um tanto prematuramente, este segredo estremecido, e... qual será a mãe que m'o leve a mal? Nem encontro sequer palavras que descrever possam o effeito produzido pela inspirada saída de Maria Alexandrovna.
Maria Alexandrovna, quem nos diz que não foi sonho, effectivamente? emitte em voz represada. Um sonho? Um sonho o quê? clama Maria Alexandrovna sem perceber. Então! Maria Alexandrovna, são coisas que acontecem. Acontece? Mas que é que acontece? Talvez que a senhora tenha visto tudo isso a sonhar! A sonhar! Eu? A sonhar! E atreve-se a dizer-m'o na cara!
Não, principe, não a tivemos por cá, affirmou Maria Alexandrovna. Tinhamos a morrinha, meu tiozinho, interrompeu Mozgliakov, que se quer tornar conspicuo. Maria Alexandrovna méde-o com olhar sevéro. Ha de ser isso... a mo... mo... rrinha ou coisa que o valha. E vae, eu então deixei-me ficar. E seu marido, minha que... querida Maria Nikolaievna, ainda está na ma... a... gistratura?
Pois está sabido nem pernas nem dentes Ora apanha! E um olho, só!... accrescenta Maria Alexandrovna. Um espartilho a suprir as costellas! Com a cara de mólas, toda ella! E nem um pello nessa careca! O proprio bigode, é postiço, pateta das duzias, agrava Maria Alexandrovna.
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