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Os portos maritimos de Portugal, II, p. 3; Marques Gomes, Districto de Aveiro, onde restringe a Cacia o ubi de Talabriga; Borges de Figueiredo, Oppida restituta, 1885; Pinho Leal, Portugal Antigo e Moderno, s. v. Regressemos porém ao Itinerario, e vejamos se será possivel concluir algo que um dia a pesquisa e exploração persistente do archeologo possa contraprovar.

De nenhuma noticia, porém, se póde concluir que na epoca romana o aspecto topographico e a constituição orographica da região fosse tão diverso do que é actualmente, que a via romana pudesse passar preferentemente ao trajecto mais interno, na base da montanha, através dos castros e das minas. De Talabriga temos uma das paginas da sua historia escrita por um autor do meio do sec. II d.

Arch. Relançando novamente o olhar ao mappa, poder-se-há notar que a zona attribuivel á situação de Talabriga não está erma de castros, antes nella se dão varias circunstancias que não posso deixar de aproveitar para a minha these conjectural.

A não ser que tenhamos de recorrer a uma mudança da primitiva situação, nós temos de procurar em Talabriga a cidade preromana, que no sec. II a. C. Decimo Junio Bruto reduzia á miseria e á impotencia, segundo narra Appiano.

Entrevejo pois para a archeologia portuguesa este problema: sondar o jazigo de Talabriga, verdadeiro simbolo do nosso sentimento de independencia territorial e figura-se-me que mostrei onde com toda a probabilidade elle se deve encontrar.

Talabriga continuou a existir e refazer-se, atravessando a epoca imperatoria, como nos attesta: 1.º, a data a que pertence a ara de Estorãos, sec. Que seculos lhe trouxeram o ultimo acto das suas tragedias? Os do mal afamado frankisk barbaro ou os do pavor sarraceno mais verdadeiro e real que aquelle, sobretudo no territorio portugalense?

Por um lado, o estudo do Itinerario levou-me a aventurar na carta geographica, largamente circunscritas, as zonas em que o calculo faz presumir que se devem encontrar as ruinas de Talabriga; por outro lado, a inquirição topographica e onomastica da região, tanto quanto era possivel com a escassez de elementos, indicou-me alguns logares de archaicas estações archeologicas do genero da que deve ter sido Talabriga, como castro ou oppido submettido ao poder de Roma.

Isto conduz mais claramente ao meu fim; e descobre mais prontamente o erro em que até agora me parece que tem laborado os escritores. Tomemos o mappa . Esta zona, ou este segmento, não poderá pois, em principio, afastar-se consideravelmente da directriz da estrada real. Consultemos de novo o Itinerario. Entre Langobriga e Talabriga medeiam 26:600 metros.

Mas Brito, com o dizer que a lapide era padrão de estrada, contrariava sem o advertir a propria crença de que a via romana seguia pela beiramar e Talabriga era em Aveiro.

Creio, pois, ter demonstrado pela ethnographia e pela geometria topographica que Talabriga não póde ser collocada em Cacia, quer se olhe á Talabriga preromana ou protohistorica, quer á romana ou historica; á Talabriga de Appiano e D. J. Bruto ou á da epoca imperial e do Itinerario. IV a. C. e emfim ainda existia no sec. IV d.

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