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Atualizado: 18 de maio de 2025
Parece-me pois ser neste aro, se não neste mesmo ponto, que se deverá procurar o jazigo, não de Langobriga, mas da nossa Talabriga, e é precisamente a estas immediações que o compasso me levou ao medir sobre a carta a primeira secção da via romana de Coimbra a Gaia .
Turduli veteres, Paesuri, flumen Vagia , Oppidum Talabrica, Oppidum et flumen Aeminium, Oppida Coniumbrica, Collippo, Eburobritium. Se não fôr certo, como não me parece, que Vouga é ao norte de Talabriga e este oppido ao sul do mesmo rio, pelo menos conclue-se que Talabriga vizinha de um lado ou outro aquelle estuario.
Se agora, por contraprova, apontarmos o compasso a Eminio e girarmos com um raio de 59 kilometros, verificado segundo a escala, obteremos outra curva, a terceira, tangente á segunda e que tem a missão de indicar a zona util, o segmento dos arcos, correspondente á area provavel da situação de Talabriga. Porque o que não póde haver, é um hiato, uma interrupção de trajecto de Cale a Aeminium .
Não desconheço quanto de problematico isto tem antes de serem perguntados pelo archeologo os logares, as ruinas, os vestigios e os montes e as vozes da região, mas nem por isso o meu espirito deixa de ficar demonstrado, até o possivel, que as cinzas de Talabriga nunca podem estar guardadas em Aveiro. As coincidencias que acabo de notar, não são bases frivolas.
E assim temos o arco TT. Nesta curva, que não é mais que uma zona media, deverão surgir ao appellido do archeologo as ruinas do que outrora foi Talabriga. Esta conclusão emerge logicamente das bases que tomei: o acerto evidente do Itinerario no total e muito provavel nas secções; a coincidencia das extensões da via antiga e da estrada moderna.
Esta primeira phase da minha demonstração, porém, já torna incompativel a actual situação de Aveiro com vestigios de Talabriga.
E mais do que isto; vem levantar um equivoco de Plinio, que parece suppôr aquelle oppido ao sul do Vouga; se assim fosse, não seria possivel encontrar o ponto de reunião do caminho que descia de Cale a encontrar Lancobriga aos 19 kilometros e se prolongava na direcção do sul até mais 20 kilometros, onde devia beijar a Talabriga do Itinerario sem encontrar a de Plinio . O hiato resultante fica, parece-me, fechado e annullado, desviando Talabriga de Aveiro e aproximando-a de Albergaria, ao norte do Vouga; isto é, a hipothese que proponho é a que se concilia em todos os pontos com o Itinerario.
Não venho com o proposito de o dar como resolvido, é certo; mas desejo englobar neste estudo um certo numero de considerações, que podem preparar o desenlace d'este ponto controvertido da geographia protohistorica da Lusitania, no campo adequado, e quiçá orientar pesquisas. Onde foi Talabriga?
Não trago nenhum outro autor antigo, porque elles não adeantam o problema chorographico. Vamos pois ao Itinerario e á discussão das suas indicações. Encontra-se nelle, que nos sirva: Eminio mp. X Talabriga mp. Não ha porém, neste particular, mais que isto: 1.º Um fragmento de milliario com 2,04m de alto X 1,40m de circuito, que appareceu na Mealhada ao norte de Coimbra e só tem M.XII.
Ora a via romana de Eminio contém tres troços ou secções; o 1.º de Eminio a Talabriga; o 2.º de Talabriga a Langobriga; o 3.º de Langobriga a Cale. Se uma sequer das distancias correspondentes do Itinerario contivesse erro, a somma total accusá-lo-hia; mas nós já vimos que a distancia de 105 kilometros corresponde a uma realidade. Comecemos pelo extremo norte da via.
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