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Ouviu-se uma voz dizer: Vejamos comtudo d'este lado; a torre póde muito bem servir para pombal. D. Luiz estremeceu ao som d'aquella voz. Outra respondeu em tom mais baixo: Parece-me que entrevejo uma porta aberta. De vagar, de vagar. Animo, Mauricio; olha se deixas perder as vantagens da tua bella posição.

Entrevejo pois para a archeologia portuguesa este problema: sondar o jazigo de Talabriga, verdadeiro simbolo do nosso sentimento de independencia territorial e figura-se-me que mostrei onde com toda a probabilidade elle se deve encontrar.

Ah! no inicio da minha carreira, pobre, obscuro ainda, não tenho senão a minha mocidade para te dar, a ti minha encantadora e bella amiga, incomparavel Carlota, a ti, cuja graça me encanta, a ti cujos olhos azues me fazem louco, a ti cujo ser me enebria!... «Que dias felizes eu antevejo! Que ideal visão me persegue! Que nobre destino eu entrevejo para ti e para mim, cara e mysteriosa amante!

Mas é que, naturalmente, estou vendo passar deante dos olhos todos os lances da minha vida desde a primeira infancia tão descuidosa e alegre, e no meio d'esse enxame de recordações entrevejo, a contrastar com ellas, o semblante demudado e quasi cadaverico do meu querido octogenario, que ainda ha oito dias contemplei semi-morto no seu leito de agonia.

Mas entrevejo na cerração de tres seculos que o poeta, na apotheose do Albuquerque terrivel e do Castro forte elaborando a epopêa que sagrou em idolatria de semi-deuses uma phalange de piratas, escrevia com as mãos lavadas de sangue innocente do indio, a quem apenas os conquistadores concediam terra para sepultura como precaução contra a peste dos cadaveres insepultos, quando não exhumavam as ossadas dos reis indigenas na esperança de que lh'as resgatassem com aljofar e canella . Façanhas de Camões não sei decifral-as nos seus poemas: elles os poemas per si sobejam na sua historia como acções gloriosissimas.

Feliz! sim; que lhe guarda aquelle peito Largo e rico thesouro de affeição; Pois magoar estes olhos, e estes dedos Formosos estragar homem ditoso faz o amor que vem do coração!... Mas, não! Quem no fundo, meio occulto Entrevejo na sombra, como quem Teme do dia a luz luz orgulhosa, Luz que ao feliz afaga, ao triste afflige Quem triste e , se occulta mais além?

«Entrevejo na escuridade do porvir uma scintilla, que me banha de festiva luz o espirito, aspiro o aroma de celestial flôr, que me delicia e adormece em dôces lethargias, tenho um despertar alegre e sereno, como o do homem incapaz de ir abraçar-se á realisação de seus ambiciosos sonhos pelos caminhos travessios da improbidade e do mal-fazer.

Como poderia occultar, com effeito, o enternecimento que me enche o coração, n'uma onda de amor, n'uma emoção intraduzivel, ao encontrar-me de novo n'esta pittoresca cidade de Aveiro, onde, através um delicioso kaleidoscopio, entrevejo, em doce visão, o cysne do Vouga, na sua alvura immaculada, como o cysne do Lohengrin; em Aveiro, a minha patria adoptiva, terra mater, onde jazem os restos mortaes de uma mãe adorada; onde deixei o exemplo sugestivo de um pae honrado e forte; onde tenho um irmão, exemplar raro de elevação moral e intellectual; onde recebi, pela primeira vez, a palavra de ordem, para os rudes combates da existencia; onde, semelhantemente ao peregrino, ao romeiro que, depois de ter percorrido longinquas paragens, regressa ao lar, não para topar com a desillusão cruel, como o Frei Luiz de Sousa, mas como o Fausto da lenda, para reviver na sua Margarida fiel, isto é, no coração fiel venho encontrar alguns d'aquelles que tanto amei, como eu, pendidos para o crepusculo.

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