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Os portos maritimos de Portugal, II, p. 3; Marques Gomes, Districto de Aveiro, onde restringe a Cacia o ubi de Talabriga; Borges de Figueiredo, Oppida restituta, 1885; Pinho Leal, Portugal Antigo e Moderno, s. v. Regressemos porém ao Itinerario, e vejamos se será possivel concluir algo que um dia a pesquisa e exploração persistente do archeologo possa contraprovar.

Kilometricamente, creio não haver que lhe objectar. A distancia da ponte de Vouga a Cacia é proximamente igual á que entre o mesmo ponto se nota e a linha-zona TT, que eu determinei. Mas a precaução de começar a contagem de Cale para Talabriga, obsta ou impede aquella inflexão e obriga a trazer o caminho numa directriz mais desempenada para a ponte de Vouga.

O principal estorvo, porém, que a opinião de Barreiros encontra, é aquelle que eu quis descobrir e evitar, quando ajustei a medição do itinerario a contar de Cale para o Sul e não de Aeminium para o Norte. Evitei assim o erro de cair em Aveiro, em Esgueira e agora em Cacia, onde muito bem podia ir passar com o roteiro romano nas mãos. Isto illumina-se á luz da carta.

Isto posto, G. Barreiros leva a contagem de Conimbriga para Talabriga por espaço de 50 milhas, o que é exacto, espaço que elle computa equivalente a 12,5 leguas e enumera: De Condeixa a Coimbra 2,5 leguas De Coimbra á Mealhada 3,5 » Da Mealhada a Avellãs 2 » De Avellãs a Agueda 2 » De Agueda á Ponte de Vouga 1,5 » De Ponte de Vouga a Cacia 1 » 12,5 «Na qual villa & igreja de sanct.

D'esta epoca ha mais elementos concordantes no movimento commercial de Aveiro e portanto no estado da sua barra. Os portos maritimos de Portugal, pelo Sr. O que Barreiros conta relativamente a Cacia, encontra-se repercutido num local situado muito mais acima sobre o Vouga. No sec.

Volvendo os olhos á curva TT do mappa, ver-se-ha que Cacia lhe fica a distancia grande porque, com este desvio da trajectoria normal, a medição romana perdeu espaço, atrasando-se. Se não fosse este meio de verificar o erro, era possivel a desorientação.

Creio, pois, ter demonstrado pela ethnographia e pela geometria topographica que Talabriga não póde ser collocada em Cacia, quer se olhe á Talabriga preromana ou protohistorica, quer á romana ou historica; á Talabriga de Appiano e D. J. Bruto ou á da epoca imperial e do Itinerario. IV a. C. e emfim ainda existia no sec. IV d.

E esse oppidum teria que possuir condições estrategicas identicas ás dos outros castros preromanos, taes como elles nos acenam que foram escolhidos pelas populações proto-historicas; teria que justificar o proprio designativo de caracter celtico briga altura fortificada. Creio poder affirmar que nada d'isto se encontra em Cacia.

Guiados pelas indicações geographicas do Itinerario e de Plinio, os nossos escritores teem querido alternadamente que Aveiro, Cacia, Esgueira occupem hoje o logar que outrora se chamou Talabriga. A geographia classica não é de todo omissa a respeito d'esta antiga povoação. O testimunho de Plinio, que é o A. mais expresso, vem a ser o seguinte: A Durio Lusitania incipit.