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Vêde como escancára aquella bôca hedionda; como revolve, debaixo das palpebras cubertas de vermelhidão, aquelles olhos embaciados!... Maldicto velho, foge diante de mim!... Maldicto, maldicto!... Curvada ja no centro ... sentia-a escaliçar e ranger... Estavas tu assentado em cima della? Feiticeiro!... Anda, que eu bem ouço as tuas gargalhadas!... Não ha um raio que te confunda?.. Não!"

Parecia-lhe que ela tinha uma dessas expressões pensativas que nunca se definem com nitidez e que tanto seduzem, porque denunciam almas de indizíveis delicadezas. Frederico sentia-a em si, consagrava-lhe a adoração perseverante, o culto absoluto, o amor que se bastava a si próprio e que duraria, veemente, vivaz, enquanto êle tambêm durasse. A esta certeza, revoltava-se mais uma vez.

A corôa real, por tantas vezes divisada em sonhos, sentia-a, emfim, segura na formosa fronte; os ultrages, que recebêra durante a lucta, lavára-os largamente com o sangue dos homens que mais odiava; e perante o seu olhar, sublime de altivez e energia, não havia cabeça que se não curvasse, nem coração que não estremecesse.

De noite sentia-a passear pela casa até tarde, abrir as janellas... Ás vezes tinha até medo de lhe vêr o olhar tão exquisito: quando vinha de casa do sineiro era sempre branca como a cal, a cahir de fraqueza. Tinha de tomar logo um caldo... Emfim, dizia-se que a Tótó tinha o demonio no corpo.

Não vi a letra do enveloppe, não olhei sequer, mas sentia-a! Veiu luz. Era verdade, era de Rytmel! Tive-a longo tempo na mão, incerta, trémula. Pul-a em cima da pedra d'uma console, fui olhar-me ao espelho, vi-me pallida. No emtanto a carta attrahia-me, parecia-me que luzia sobre o marmore branco.

Sentia-a tirânicamente no coração como um remorso conjuntamente aflitivo e suave, no sangue, como um fluido que o incendiava, nos nervos. Em vão procurava libertar-se. Para a apagar no cérebro e na alma, torturava-se inutilmente. Julgava-se abandonado de tôdas as afeições, mesmo de Nuno, que nunca mais dera sinal de si, desde que Frederico deixara a quinta, no terror de praticar uma vilania.

Palavra Do Dia

dormitavam

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