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Que ardente espiritualismo, tenaz e apaixonado, na carnalidade apparente d'esse poema! Quanta dôr n'aquella aspiração, sempre trahida, de encontrar uma alma, no bello corpo insensivel que elle, como Pygmalião, quereria animar d'um divino sopro! Na sua violenta sêde de perfeição, dolorosa e alanceadôra como poucas, nunca o poeta das Miniaturas e dos Nocturnos teve o contentamento da sua obra!

Tinham um irmão Luiz da Silva Coimbra de Carvalho, cadete, fallecido novo em resultado de feridas recebidas na guerra peninsular. Pag. 53, lin. 24 *Pygmalião* Pag. 131, lin. 34 *O Imperador de França* Referencia a S. M. Napoleão III, que em 1861 reinava, sem que ninguem podesse presagiar a sua desastrosa queda oito annos andados. Pag. 149, lin. 28 *Cinzas da correspondencia do Poeta* O sr.

N'uma d'aquellas resoluções, que occorreu durante a menoridade do rei Pygmalião, foi assassinado o regente do estado e teve que expatriar-se sua viuva Elisa, que com os seus partidarios foi para a Africa, onde fundou a cidade de Carthago. Esta Elisa é a rainha que figura com o nome de Dido na Eneida de Virgilio.

Pygmalião exultava, tomando por feliz agoiro ver as conductoras do coche de Dióne arraiarem-lhe a casa toda com os reflexos argenteos das suas azas irrequietas, e cobrirem de ternura, de voluptuosidade, de poesia, como um veo alvo, roto, e esvoaçado, as estatuas dos dois idolos do seu coração.

Que interessado enthusiasmo não devia de ser, porém, o dos primeiros homens que puderam quebrar imaginariamente o sello sagrado da sepultura das gerações que os precederam no perimetro da sua nação, e soprar-lhes vida nova, imitando a fabula de Pygmalião, o estatuario divino, e dar-lhes pensamento e voz, e ouvil-as, e collocal-as á volta de si mesmos, vendo-as passar em turbilhões phantasticos como na formosa ballada da dança dos mortos!

Emquanto o veo alvacento do innebriante fumo, elevando-se d'ante o pedestal da nympha, a envolvia toda, e tornava a sua presença mais celestial, Pygmalião, acompanhando-se com a lyra de sete cordas, cantava de joelhos um hymno, que as pombas escutavam n'um silencio religioso; pareciam querer decorál-o para o repetirem á sua rainha, quando ella se jazesse em amoroso ocio, reclinada sobre as violetas em algum secreto pavilhão de rosaes da sua Paphos: Tu que exhalas de ti, qual vérte a rosa aromas, effluvios de prazer, universal ternura, Mãe das Graças e Amor, deusa da formosura, que envolves a nudez co'o veo das aureas comas,

Pygmalião, o Rei artista, havia afeiçoado para muitos altares os mais perfeitos, os mais adoraveis simulacros da Immortal; e se não se inflammára por elles, como agora por este de Galatéa, era por que a santa majestade do ser divino lh'o prohibira; mas os templos, em que os milagres d'essa arte crente e inspirada resplandeciam alvejantes, eram sempre os mais frequentados, os mais servidos com offertas, sacrificios, e grinaldas.

Despidos os accessorios esplendidos e sobrenaturaes, a fabula de Pygmalião reproduziu-se na minha historia; o simulacro que eu incensára e servira, o simulacro filho da minha imaginação, era emfim mulher; mulher amante, capaz de bemaventurar-me, e desejosa de o fazer.

Ao fogo d'este segundo e divino Prometheu, a estatua estremece; a pallida brancura se tinge da côr da vida; o peito palpita; os olhos se voltam para o céo da Grecia, que logo os embebe do seu mais brilhante azul; baixam sobre Venus; ¡parecem attonitos! descem; ¡encontram-se com os de Pygmalião! duas rosas subitas se abrem nas faces; o sorriso, aurora de uma existencia de amores, alvorece em labios nacarados.

Lêstes sem duvida a historia de Pygmalião; então sabeis como aquelle phantasioso escultor, com a arte no coração, e a na alma, lavrou uma estatua, se ennamorou e endoideceu por ella. O sol da Grecia, que tantos portentos allumiou, nunca vira coisa assim formosa.

Palavra Do Dia

alindada

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