United States or Montenegro ? Vote for the TOP Country of the Week !


Se alguem da voraz Sylla aos sorvedoiros arrojasse o que os seculos pouparam, bronzes, escritos, marmores romanos, ou, derrotando porticos, columnas, theatros, colliseus, palacios, templos, em serra inutil amontoasse as pedras, ¿quem não vertêra em lagrimas o sangue? ¡E ante a nossa affeição teem menos pezo que as ruinas de Roma as que são nossas?!... ¡Dá-se tanto aos ditosos, aos contentes, espectaculos, jogos, aureas festas, jardins, parques!... ¡e aos miseros que gemem, e aos peitos melancólicos, viuvos, ha-de negar se um canto onde pranteiem!?... ¿De tanto mundo que pertence aos vivos nada dareis aos seus antigos donos? ¡nem um torrão perdido, e uns troncos nullos?!...

Eu lhe direi vaidoso: Não trago, não comigo Nem pedras de valor, nem montes d'ouro, Roubei as aureas Minas, e consigo Trazer para os teus cofres Este maior Thesouro. Em cima dos viventes fatigados As verdes dormideiras espremia, Os mentirosos sonhos me cercavão. Na vaga fantasia Ao vivo me pintavão As glorias, que disperto Meu coração pedia.

E quem sabe? quem sabe se este céo de Portugal, este bello céo que é naturalmente quem nos faz amorosos, tão amorosos que até no extrangeiro temos fama de o ser, quem sabe se elle não emprestou para os idyllios de Mercedes os seus reflexos azues e as suas aureas radiações, se elle não contribuiu para divinisar na alma da gentil princesazinha a imagem adorada de seu primo?!

Onde o claro Sebéto as aguas volve, E ao perto ouve bramir, troar escuta Do medonho Vesuvio o seio horrendo, Chega de Newton a sciencia, e chega O desejo de abrir com aureas chaves Da recatada Natureza o Templo, Orlandi, e Galiani aos astros sobem, O grão Maraldi lhes franqueia a estrada; Com Cassini outra vez s'exalta o Mundo.

Da belleza inimigo, e da ternura Xenocrates descubro austero, e triste, Vergonhoso baldão da especie humana, Que, nem ao mago scintilar d'huns olhos Nem ao surrizo de purpureos labios E ás aureas ondas de madeiras d'ouro, Sente no peito a Natureza toda, Q'até do fundo abysmo aos monstros feios, E sanguinario Tigre, amar ensina.

Mas a sessão de hoje não lhe pertence exclusivamente: tem de repartil-a com o sabio Theodoro Mommsen, a quem o nosso eminente confrade Sousa Monteiro logo erigirá em aureas palavras o condigno monumento.

Côro subtil de alígeros Favónios, Que os ares embrandece, Ora enlevado afaga Com as plumas azues o Par mimoso, Ora, sôlto, inquieto Em léda travessurá, em doce brinco, Pela Amante saudosa, Pelos tenros Meninos se reparte, E com ténue murmúrio vai prender-se Das aureas tranças nos anneis brilhantes.

Da caza que resoa sem maneira Fere as aureas estrelas o alarido. Ja mais aparesêra em nosos dias De dezordems taõ funebre um teatro! Mas na Espoza infeliz que alma ferida Ja tinha desde muito, entaõ se acaba De cravar o punhal sangui-sedento. A fala se lhe toma, as cores perde, Suspira, desfalese, em fim desmaia.

E se passa da tasca das Camêllas para o salão nobre da Poesia madrigalesca, substitue facilmente a batina rôta pela casaca broslada, é um cortezão de Luiz XIV quando empunha a taça, refulgente de aureas facetas, para brindar as damas delicadas: D'este copo de vinho generoso Dai-me que eu tire o alento que desejo, Para que o novo canto, sonoroso, Desfira na guitarra em doce arpejo; E que estou devéras amoroso, Aproveito apressado um tal ensejo Para erguer á leitora, que me escuta, Um brinde que me deixe a taça enxuta.

O momento feliz! vem consolar-me. Quando estivermos ante o Solio eterno, Rogativa incessante e afervorada Ha de occupar-nos em favor de quanto Nos foi caro na Terra; e o Ser supremo Escutará propicio as preces d'ambos. Mas qual congresso, de fulgor cingido, Sobre aureas nuvens magestoso assôma, Ares d'immortal gloria respirando?

Palavra Do Dia

sentar-nos

Outros Procurando