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Reliquias. Sortimento a capricho. Em ossadas Dos apostolos, hoje as mais acreditadas No mercado, chegou variedade infinita, Cabeças de S. João, vendo se acredita, Onze mil! onze mil, e damol-as sem ganho! Os preços é segundo o feitio e o tamanho. (E convem declarar e advertir desde Que ossos de imitação não se encontra por . Atestados legaes e autenticos o provam.) Ha um monumental e rico S. Christovam, Oito metros de largo e uns oitenta de altura, Que, como não tem tido até hoje procura, Decidimos vender, para liquidação, A retalho.

Os soldados da liberdade morreram nos combates da patria e misturaram o seu sangue com o sangue dos satellites da tyrannia: os seus ossos alvejam nas serras e nos valles, como alvejam as ossadas dos servos com quem combateram. Foi sasão essa de abundante messe de almas puras para o céu. Consolem as lagrymas dos justos as cinzas desses valentes.

Tosca e triturante, a estamenha lhes cingia a esqualidez das ossadas: vinha na frente a abbadessa, de báculo e mitra, com uma capa de brocado, sob o pallio d'uma riqueza estonteadora. As mais seguiam duas a duas, acocoradas quasi pela idade, e guardando não obstante uma especie de aerea graça da infancia, através da caricatura d'aquelle cerimonial complicado.

E telegraphou ao Silverio que desatulhasse o valle, recolhesse as ossadas, reedificasse a Egreja, e, para esta obra de piedade e reverencia, gastasse o dinheiro, sem contar, como a agua d'um rio largo.

Reina em silencio a lua: o mar não brame, Os ventos nem bafejam; Rasas co' a terra, nocturnas aves Em gyros mil adejam. No plaino pardacento, juncto ao marco Tombado, ou rota sebe, Aqui e alli, de ossadas insepultas O alvejar se percebe.

Dispenso flôres, cantata... Mas protesto. E protestei. 29 de novembro de 1887. Venho d'entre as ruinas e das chammas, Onde tudo perdi. Sabeis a historia, Que o vosso coração ainda contrista. Perdoai a vaidade ao pobre artista... Eu sonhava essa noite com a gloria. Monstruosa ironia! A gloria! A gloria! Tive por ovação prantos, clamores. Ossadas por cortejo. O incendio e a fama Disputaram ali.

Oh, que differentes se mostravam estes caminhos, estas collinas, que eu vira dias antes, em torno á Cidade Santa, deseccadas por um vento d'abstracção, e brancas, da côr das ossadas... Agora tudo era verde, regado, murmuroso, e com sombras.

Em torno subiam os cerros, eriçados de matto bravio e alto, sulcados por trilhos de saibro vermelho como por fios de sangue que escoresse, e rasgados no alto por penedias lustrosas, mais brancas que ossadas. Tão pesado era o silencio, tão pesada a soledade, que o velho D. Pedro de Castro, homem de tanta jornada, se espantou: Feia paragem!

E, ai quando tal se realizasse na pessoa do illustre viajante, em presença do seu caracter um tanto irrascivel, não teria por certo direito a melhores honras, que aquellas que tiveram tantos outros portuguezes, cujas ossadas insepultas por essas mesmas paragens, reclamam incessantemente dos transeuntes a oração funebre pelo eterno descanço de suas almas, que outra cousa não podem obter em desaggravo do seu desastrado fim.

Eu quizera depois das lutas acabadas, Na paz dos vegetaes adormecer um dia E nunca mais volver da santa lethargia, Meu corpo dando em pasto ás plantas delicadas! Seria bello ouvir nas moutas perfumadas, Emquanto a mesma seiva em mim tambem corria, As sãas vegetações, em intima harmonia, Aos troncos enlaçando as lividas ossadas!

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