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Nem os filhos nem a companheira se atrevem a sair do seu tugúrio para beijar o mísero e o proscrito que volta a consumir-se na desgraça, na treva da embriaguez em que se afoita para a sinistra aventura dos seus crimes. De súbito, quebrou-se o trágico silencio. Um grito de alegria ecoa nas choupanas.

E acordando também desse torpor em que, cansada, dorme a consciência exausta de torturas e de dúvidas, pensei, mísero e fraco, nas fadigas a que a luz da manhã me convidava.

«O Snr. D. Miguel não gastava ao thesouro annualmente acima de 20 contos de reis; a Snr.ª D. Maria gasta ao misero e defecado Portugal 365 contos de reis por anno, e ainda 100 contos para seu marido, afóra as dezenas e dezenas de contos para seus filhos. «O Snr.

Devo tremer, de certo, emquanto este misero corpo servir de abrigo a minha alma. A quantas affrontas não poderei ficar exposta? E, se aterrada pelas ameaças eu succumbisse!

Quando elle se ergueu da mesa e se poz em deante de mim, vi que o misero não tinha estado a dormir, mas sim a chorar.

No primeiro dos folhetins que em 1864 publicara no Jornal do Porto sob o titulo de Impressões do campo veem estes formosos versos que são, a meu vêr, um modelo de naturalidade e singeleza: O BOM REITOR Sabem a historia triste Do bom reitor? Misero! toda a vida Levou com dor. Fez quanto bem podia... Mas... a final Morre e na pobre campa Nem um signal. Nem uma cruz ao menos Se ergue do chão!

Com ar sinistro e torvo e os labios mudos Correu co' a vista as ondas inquietas, E, porventura, a idéa que as passára Nas asas da esperança, e que a esperança Tinha expirado ao limiar do goso, Mais lhe turbou a fronte carregada. O misero sorriu-se. Em tal sorriso O passado e o futuro estava impresso, E da sua alma a dolorosa noite.

Quem lhe vai pensar as feridas ao misero? conchegal-o ao seio quando pára finalmente depois do torrentoso despenho? Então mirra-se as mais das vezes na cruciante solidão d'uma existencia sem esperança. Antigamente fazia-se monge, como aconteceu com Agostinho Pimenta. Amortalhava-se no habito, cingia-se de cilicios, vivia na cella ou na gruta, ajoelhava deante da caveira ou da cruz.

Terminou isto por ir o misero queixar-se ao regedor que alli estava perto, homem de bom siso, que se dirigiu a Egas, pedindo-lhe que fizesse saber ao seu cão que nem todos os cidadãos traziam botas de cano alto.

A velha, com a candeia lançando de si um enorme pennacho de fumo negro e suffocante, allumiou o padre Filippe até ao escuro e fétido cubiculo encravado no interior do misero pardieiro, que era um genuino representante da miseria suja do Porto, a mais repellente e odiosa de todas as miserias.

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