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Debalde no cruzamento das ruas a polícia, numerosa e atenta, faz cabalísticas manobras com o seu bastão providencial, no honesto esfôrço de regular os detalhes da circulação. Resulta sempre uma empresa árdua, por vezes heróica, a ordenada canalização da túrbida torrente, do atrito cosmopolita dessas grossas mangas humanas, jorrando em sujas golfadas por um afunilado labirinto a sua hipertrófica exuberância. Bem queria, uma por outra vez, o Silveira deter-se um pouco, a analisar uma figura, a sondar uma perspectiva, a anotar um pormenor, a observar as montras... breve reconhecia ser, ali, tam singelo acto um cometimento defeso

Alastro, venço, chego e ultrapasso; Sou labirinto, sou licorne e acanto. Sei a Distancia, compreendo o Ar; Sou chuva de ouro e sou espasmo de luz; Sou taça de cristal lançada ao mar, Diadema e timbre, elmo rial e cruz... O bando das quimeras longe assoma... Que apoteose imensa pelos ceus! A côr não é côr é som e aroma! Vem-me saudades de ter sido Deus...

Bocácio, velho, tendo encontrado no seu caminho uma formosissima viuva florentina, apaixonou-se violentamente por ela. A dama, astuciosa e galhofeira, fingiu não desdenhar as homenagens do poeta, que, entusiasmado, lhe mandou cartas sôbre cartas, todas palpitantes dum amor vulcanico. A certa altura, a ironica deusa, sentindo a necessidade de pôr um dique forte áquela tumultuosa verbosidade e desejando imenso folgar de gôrra com as amigas, reuniu todas as cartas e publicou-as. O escandalo foi enorme em Florença. Então, para vingar os seus ultrajados brios de Lovelace serodio, o nosso amoroso escreveu uma tremenda verrina contra as mulheres, a que pôs o nome de Corbaccio ou O Labirinto do Amor, por nela se tratar das angustias dum namorado perdido na floresta do Amor e que dela é tirado por um Espirito tutelar. O namorado, bem de ver, é o próprio Boccacio e o Espirito a sombra do marido morto, que vem do inferno

Ai que saudade da morte... Quero dormir... ancorar... Arranquem-me esta grandeza! Pra que me sonha a beleza, Se a não posso transmigrar?... Paris 1913 maio 6. VI Dispersão Perdi-me dentro de mim Porque eu era labirinto, E hoje, quando me sinto,

E os factos recentes, particularmente o que se tem passado nos Balkans, e estes opressivos e indeclinaveis confrontos semeiam perplexidades, demasiado bastas para nos deixarem caminho aberto e plano pelo qual possamos sair afoitamente de semelhante labirinto.

Nem por isso o nosso herói consentira nunca em descer aos atormentados abismos da paixão, ou se deixára enlear no labirinto vêsgo da loucura. Mal aflorava com o desdenhoso lábio o mel turvo do prazer, saltitando despreocupado dum amor a outro amor, epidérmicos todos, breves, fugazes, como frutos apenas mordidos e logo deitados fóra.

Palavra Do Dia

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