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Chegando ao do kalifa, que ficára immovel, cruzou os braços e poz-se a contempla-lo calado. Abdu-r-rahman foi o primeiro em romper o silencio: "Tardaste muito, e foste menos pontual do que costumas, quando annuncias a tua vinda a hora fixa, Al-muulin! Uma visita tua é sempre triste como o teu nome.

Como eu enganei Al-barr, que bem conhece a letra de Umeyya, esse é um segredo que depois de tantas revelações, tu deixarás, kalifa, que eu guarde para mim ... Oh, os insensatos! os insensatos!" E desatou a rir. A noite tinha-se aproximado do seu fim. A revolução, que ameaçava trazer á Hespanha mussulmana todos os horrores da guerra civil, devia rebentar dentro de poucas horas, talvez.

Abdu-r-rahman, o illustre kalifa dos mussulmanos do occidente, jazia ahi e falava com outro velho, que, em defronte delle, o escutava attentamente; mas a sua voz saia tão fraca e lenta, que, apesar do silencio que reinava no aposento, na curta distancia a que estava o outro velho se poderiam perceber as palavras do kalifa.

Abdu-r-rahman não o interrompeu: o fakih proseguiu: "Amir-al-muminin, qual de teus dous filhos amas tu mais? Al-hakem, o successor do throno, o bom e generoso Al-hakem, ou Abdallah, o sabio e guerreiro Abdallah, o idolo do povo de Korthoba?" "Oh, replicou o kalifa sorrindo sei o que me queres dizer.

No de Azzahrat, posto que nenhuma luz bruxulêe nos centenares de varandas, de miradouros, de porticos, de balcões, que lhe arrendam o immenso circuito, alguem véla por certo. A sala denominada do Kalifa, a mais espaçosa entre tantos aposentos quantos encerra aquelle rei dos edificios, devêra a estas horas mortas estar deserta, e não o está.

"Juraram respondeu Al-athar ; mas que merecem homens que não duvidam de quebrar as promessas solemnes feitas ao kalifa, e além d'isso de abrir o caminho aos infiéis para derramarem o sangue dos crentes? Amir, nestas negras tramas tenho-te servido lealmente; porque a ti devo quanto sou; mas oxalá que falhassem as esperanças que pões nos tens occultos alliados.

"Estás um pouco melhor ... não é verdade, invencivel kalifa? Prosigamos. Umeyya quando tal soube, calou-se. O mesmo mensageiro que chegara de Korthoba partiu para Oviedo. O rei cristão de Al-djuf não se riu da sua mensagem. Dahi o pouco Radmiro tinha passado o Douro, e as fortalezas e cidades mussulmanas até o Tejo haviam aberto as portas ao rei franco, por ordem do kaid de Chantaryn.

Como o kalifa era generoso, o desagrado para com Mohammed converteu-se em odio; e como era justo, o odio breve se traduziu n'uma sentença de morte. A cabeça do ministro cahiu no cadafalso, e a sua memoria passou á posteridade manchada pela calumnia. Todavia o principe dos fiéis sabia bem que tinha assassinado um innocente."

Al-muulin falára verdade: Abdu-r-rahman via despregar diante de si a longa teia da conspiração, escripta com letras de sangue pela mão de seu proprio filho. Durante algum tempo o kalifa conservou-se como a estatua da dôr na postura que tomára. O fakih olhava fito para elle com uma especie de cruel complacencia.

Era um cadaver o que estava diante de Umeyya: o que estava diante do cadaver era a expressão mais energica da atrocidade de coração vingativo. "Oh, se não ouviria as minhas derradeiras palavras!..." murmurou o fakih depois de ter conhecido que o kalifa estava morto. Poz-se depois a scismar largo espaço: as lagrymas rolavam-lhe a quatro e quatro pelas faces rugosas.

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