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Não, não o receies; Octavia não conhece o caminho que vai ter ao coração de Néro; sua virtude austera irrita o espirito do esposo; sua obediencia, seu amor, sua timidez desagradão-lhe igualmente; Néro detesta em Octavia todos estes meios de seducção que a nós tanto approveitão. Falla, o que deverei fazer? POPP

tu se, em taes condições, teu pae, que tem dinheiro para emprestar, póde dever cincoenta contos ao procurador Belchior e encontrar-se na situação desesperada que diz. O que entendes que devo então fazer? Que resposta deverei dar-lhe? Eu não queria vexal-o e desafiar talvez a sua colera dizendo-lhe abertamente que estou conhecedora da sua odiosa mentira... Paulo reflectiu por alguns instantes.

«Não é em um artigo escripto ao correr da pena, que o deverei fazer.

Senhor, vou agora passeiar n'esta sala; costumo todos os dias a esta hora, entregar-me a esses exercicios: depois estou ás ordens do rei. Tragam floretes com a annuencia de Laerte; e se o rei persistir no seu empenho far-lhe-hei ganhar a aposta se podér; no caso contrario restam-me os golpes recebidos e a vergonha. Deverei dar ao rei a sua resposta?

«Deverei occultar-lhe alguma das minhas visões, querida mãi? Não posso. A confidencia é a respiração das almas; é, mais ainda, é a supplica do conselho e do remedio para as tribulações, ou de estimulo e para crer na felicidade sonhada, se ella um dia me vier provar que não eram mentira os meus delirios dos dezoito annos.

Se ouvisse sómente a compaixão e a piedade, voltaria atraz... Não posso mais! Morro esmagado entre a fraqueza e o desejo. Revolta-se o orgulho e ergue-me um impulso de rectidão. Rectidão ou crueldade? Commetti um crime e para resgatal-o tenho de arriscar uma vida. Deverei permanecer na vergonha ou ensaguentar a virtude? Vae, não receies, diz-me uma voz occulta.

Ser ou não ser, eis o problema. Uma alma valorosa, deve ella supportar os golpes pungentes da fortuna adversa, ou armar-se contra um diluvio de dores, ou pôr-lhes fim, combatendo-as? Morrer, dormir, mais nada, e dizer que por esse somno pomos termo aos soffrimentos do coração e ás mil dores legadas pela natureza á nossa carne mortal; e será esse o resultado que mais devamos ambicionar? Morrer, dormir, dormir, sonhar talvez; terrivel perplexidade. Sabemos nós porventura que sonhos teremos, com o somno da morte, depois de expulsarmos de nós uma existencia agitada? E não deverei eu reflectir?

Não sei, não sei como isto é, não posso saber... mas esta expressão é mais triste do que a de hontem... De que procede esta tristeza?... A maneira por que me fallou do baile de hontem... O baile! ... acaso ... aquela mascara?... Mas que póde resultar d'alli?... Meu Deus! diria que ainda te pozeste mais triste! Deverei pois acreditar... N'isto ouviu passos fóra da porta. Quebrou-se o encanto!

Certamente, meu Senhor respondeu o duque. Ora dizei-me: não deverei eu confiar nas declarações categoricas, que por Lopo de Albuquerque me enviaram os grandes de Castella? Mais acertado fôra, Senhor, desconfiar d'ellas.

Tenho aqui as suas cartas, escriptas entre lagrimas; releio-as agora na maior commoção, e n'ellas posso seguir, como a curva de uma ardente febre, a historia completa da sua morte de amor. A ultima chegou hontem, como sobrenatural visita, depois de fria e inerte a mão que a traçou. Deverei ter escrupulo em citar aqui essas cartas?

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