Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !
Atualizado: 18 de junho de 2025
Pimentinha». O meu pensamento pulou para o meu Principe. E lancei pelo telegrapho, para Lisboa, para o Hotel Bragança, este brado alegre: «Estás lá? Sei recuperaste Grillo e Civilisação! Hurrah! Abraço!» Só depois de sete dias, occupados n'uma delicada apanha de aspargos com que outr'ora civilisára a horta da tia Vicencia, notei o silencio de Jacintho.
N'esta commissão associou-se Domingos Leite a um Roque da Cunha, homem passante dos 40 annos, que elle havia conhecido nas assemblêas populares do padre Nicolau da Maya, ardente impulsor do resgate do reino. Roque vivia mysteriosamente e apenas sabia o nome de sua mãe, uma D. Vicencia, de quem ao diante se fará menção.
E a Vicencia surgiu diante de mim, enfiada, com o seu avental branco na mão: Menino! Menino! A senhora manda dizer que sáia immediatamente para o meio da rua, que o não quer nem mais um instante em casa... E diz que póde levar a sua roupa branca e todas as suas porcarias! Despedido! Ergui a face molle da travesseira de rendas. E a Vicencia, atontada, torcendo o avental: Ai, menino!
Pelo caminho a Vicencia fallava-me da titi, que a trouxera, havia seis annos, da Misericordia.
Todos os cavalheiros permaneciam reservados, observando o Principe, que subira á serra: e as senhoras mais se aconchegavam á sombra da tia Vicencia, como ovelhas á volta do pastor, quando na altura assoma o lobo. Eu, já inquieto, lancei o D. Theotonio, o mais ornamental d'aquelles cavalheiros. O Snr. D. Theotonio foi muito amavel em vir, Jacintho. Raras vezes sae da sua linda casa da Abrujeira.
Bento de Castro entrou no meu quarto com as mãos agarradas á cabeça. Eu estava sobre a cama, marinhando com as pernas parede acima, arquejando de riso, rebentando pelas ilhargas, quando o pobre homem entrou. «Pois tu ouviste? disse elle. Tudo! está vingada D. Vicencia, e eu tambem. Suicida-te, meu infeliz Bento!
Queria que elle, em Guiães, continuasse os seus habitos como em Tormes... E aquelle pau de canella foi o symbolo de adopção do meu Principe como novo sobrinho da tia Vicencia. Ella em breve recolheu á cosinha, aos preparativos do banquete. Nós fumamos um preguiçoso charuto no jardim, ao pé do repuxo, sob a recolhida sombra do cedro.
D. Vicencia fallou d'um urco inglez que era o mimo quadrupede do quartel general do Beresford, e datou precisamente que em metade do seculo XVIII florescera o tronco d'um cavallo pigarço que lhe morrera d'um aguamento na estalagem de Vallongo. Eu assisti estupidamente silencioso á pratica destes dignos Plutarcos de cavallos illustres.
Felizmente a tia Vicencia, com aquelle seu bom sorriso, observou que Jacintho parecia gostar da comida portugueza... E eu, sempre no intuito d'animar a conversa, nem deixei que o meu Principe confirmasse o seu amor da cosinha vernacula, e gritei: Como gostar! Mas é que delira!... Pudera! Tanto tempo em Paris, privado dos piteus lusitanos...
E a minha deliciosa historia morreu n'uma reticencia, ainda mais regelada pela exclamação innocente da tia Vicencia: Oh! filho, que cousas!
Palavra Do Dia
Outros Procurando