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C'os olhos ao Ceo erguidos, Ou postos nos longos mares, Por ti encho os vagos ares De mil saudosos gemidos: Nos rochedos desabridos, Que em vão bate o rouco mar, Devorando o meu pezar, que de ouvi­-lo te cansas, Sem premio, sem esperanças Eu teimo em te idolatrar. Teimando, se mal não penso, Hei de abrandar teus rigores; Porque assim como em amores, Tambem em teimas te venço.

Todos me dirão, que sim. Pois se era humano, era sugeito ao imperio da Razão, com cujas armas o ataco, e o venço: e seria inverosimil, se eu com a razão accommettesse hum Tigre, hum Leão, huma Serpente. Se os mais não pizárão esta estrada, porque não quizerão, pizo-a eu, porque quero, e por que posso, sem atropelar a verosimilhança.

Grão desconcêrto tẽe feito Amphitrião com Alcmena! Qualquer delles tẽe direito: Eu sou o que venço o preito, E ambos págão a pena. Quero-me ir desfazer Tão trabalhosa demanda, Por nos tornarmos a ver; Porque, emfim, quem muito quer Com qualquer desculpa abranda. E pois ja que a affeição Ha de mudar tão asinha, Quero ir alcançar perdão Da culpa, que sendo minha, Parece d'Amphitrião.

Porque é esta severidade de Jorge para commigo? pensava ella Não posso duvidar. Ha n'elle não sei que prevenção contra mim. Ou não me falla, ou falla-me d'este modo. Um motivo leve não póde ser, porque Jorge é, ao que dizem, um rapaz de tão bom senso, que de certo por uma insignificancia não me tractaria assim. Mas que faria eu? Nada; se em mim ha loucuras, ficam-me no pensamento e ahi quem as vae devassar?... E que fossem?... E que as achassem?... Eu podia dizer-lhes: Sim, estão ahi, mas eu bem sei que estão, e ahi mesmo as suffoco e venço. Não sou responsavel perante ninguem do que se passa em mim . Entre mim e Deus é que essas coisas se julgam. Quando me revelar, quando me trahir, que me peçam contas então. A que vem estas severidades? Que fiz eu a este generoso rapaz? Imaginará elle que o galanteio de Mauricio me terá fascinado?

Alteio-me na côr á força de quebranto, Estendo os braços d'alma e nem um espasmo venço!... Peneiro-me na sombra em nada me condenso... Agonias de luz eu vibro ainda emtanto.

Ás quatro horas da tarde sairam todos tres, tendo previamente combinado com o visconde, para que os esperasse no hotel das seis para as sete horas da noite. «Estou salvo! dizia o visconde, á proporção que os via desapparecer. Por qualquer dos dois meios venço. Desfazendo me das tres graças, que para mim não tem graça, posso vender-lh'as talvez por dez ou doze contos.

Alastro, venço, chego e ultrapasso; Sou labirinto, sou licorne e acanto. Sei a Distancia, compreendo o Ar; Sou chuva de ouro e sou espasmo de luz; Sou taça de cristal lançada ao mar, Diadema e timbre, elmo rial e cruz... O bando das quimeras longe assoma... Que apoteose imensa pelos ceus! A côr não é côr é som e aroma! Vem-me saudades de ter sido Deus...

E a dona d'esse vestuario hybrido pensa de si para si com uma furia concentrada, que põe manchas biliosas nas suas faces, e chispas sombrias nos seus olhos pisados. «Não consigo humilhar nenhuma das minhas inimigas, não venço nenhuma das minhas rivaes!

Animei-te; mas as lagrimas não me deixam escrever, nem a ti te deixarão entender estas palavras. Agora se me cerra em indizivel tortura o coração. Largo a penna, desafógo em gemidos este aperto de alma, similhante ao impossivel de comparar-se. Não me venço. creio que te perdi.