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Fazem doce harmonia os arvoredos Que o vento bole, e as aguas derivadas Das asperas entranhas dos penedos. As aves umas d'outras namoradas Enchem de saudosa queixa o monte N'um desconcerto alegre concertadas. Boninas varias vai regando a fonte Que convida, correndo manso e manso, O rouxinol, que suas maguas conte.

Quem póde ser no mundo tão quieto, Ou quem terá tão livre o pensamento, Quem tão exprimentado, ou tão discreto, Tão fóra, emfim, de humano entendimento, Que ou com público effeito, ou com secreto, Lhe não revolva e espante o sentimento, Deixando-lhe o juizo quasi incerto, Ver e notar do mundo o desconcêrto?

Penalisava-o o desconcerto da reflexão, impropria de tal dama, com o primoroso juizo que elle compozera da sua sensatez. E ella, que se viu encarada com estranheza, sentiu logo beliscado o amor proprio, a fibra sensivel da vaidade de parecer moralmente perfeita. Não me parece proseguiu a dama gravemente desdourar-se um rapaz que estima uma senhora da casa onde o apresentam.

Vós outros, que buscais repouso certo Na vida, com diversos exercicios; A quem, vendo do mundo os beneficios, O regimento seu fica encoberto; Dedicae, se quereis, ao Desconcêrto Novas honras e cegos sacrificios; Que, por castigo igual de antiguos vicios, Quer Deos que andem as cousas por acêrto.

Agora é que o romance prende com aquella tarde! Vejam que desconcerto este! Chega uma novella ao meio, e torna a começar. Parece que é isto um abuso da indulgencia com que o leitor costuma indultar-me os desarranjos do meu engenho. Ora queira perdoar mais este, attendendo a que as coisas, na vida como ella é, tambem assim vão desordenadas, e começam não pelo meio, mas até pelo fim.

V. Excellencia, em cuja alma raia a razão illustrada, limpa das sombras do abuzo, não faz cahir sobre o Poeta os defeitos, que são do homem: a inconstancia de genio, o desconcerto das acções, a filozofia mal entendida, que caminha a passo cheio á devassidão de costumes, são os crimes de que o vulgo errado accuza indifferentemente todos os Poetas; mas se vemos que estas más qualidades brotão no coração de tantos homens, que não são Poetas, para que hão de elles sós levar o ferrete, que a Natureza corrupta põe indistinctamente sobre todos os que não deixão guiar-se da Religião, e da honra?

Meus sentidos prostrados se submetem Assi cegos a tanta magestade; E da triste prisão, da escuridade, Cheios de medo, por fugir, remetem. Porém se então me vêdes por acêrto, Esse aspero desprêzo com que olhais Me torna a animar a alma enfraquecida. Oh gentil cura! Oh estranho desconcêrto! Que dareis co'hum favor que vós não dais, Quando com hum desprêzo me dais vida?

Ó Salvador do mundo, ó Verbo humanado, eu posso dizer que vós sois meu, e todo meu, se assim o quero. Mas posso igualmente affirmar que sou todo vosso, que sou todo para vós quanto vós quereis que eu seja? Ah, meu Senhor! fazei que não appareça mais no mundo este desconcerto, e esta horrenda ingratidão.

Ora agora, o modo como as cousas reaes se passam, os disparates que a gente observa, o desconcerto em que anda a previdencia do homem com o resultado phenomenico e sempre ordinario das realidades, isso, meu amigo, é o que os torna inverosimeis e inacreditaveis, se vossê ou eu as contarmos com a simplicidade e nudez de que ellas se vestiram aos nossos olhos.

«Fim das razões: v. exc.ª, e os mais da conjuração começam a vêr o erro, e desconcerto seu, e dizem entre si pela bocca pequenina: «Sofframol-o, pois o quizemosQuando isto virem, lembrem-se quanto differentes na verdade e liberalidade eram os despachos e mercês dos reis portuguezes, naturaes de Portugal; pois com terem tão poucos contos de ouro, as viuvas dos seus criados, os orphãos, os fidalgos pobres, em gemendo, eram ouvidos, e despachados como filhos; se agora, estando o rei á porta, os despachos de tão grandes serviços pessoaes, são os que vêmos, quaes serão depois que virar as costas?

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