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Atualizado: 13 de maio de 2025
No meu sonho desfilam as visões, Espectros dos meus proprios pensamentos, Como um bando levado pelos ventos, Arrebatado em vastos turbilhões... N'uma espiral, de estranhas contorsões, E d'onde sáem gritos e lamentos, Vejo-os passar, em grupos nevoentos, Distingo-lhes, a espaços, as feições...
Pois eu, que no deserto dos caminhos, Por ti me expunha immenso, contra as vaccas; Eu, que apartava as mansas das velhacas, Fugia com terror dos pobresinhos! Vejo-os no pateo, ainda! Ainda os ouço! Os velhos, que nos rezam padre-nossos; Os mandriões que rosnam, altos, grossos; E os cegos que se apoiam sobre o moço. Ah!
E eu mesmo, com os pés tambem immersos Na corrente e á mercê dos turbilhões, Só vejo espuma livida, em cachões, E entre ella, aqui e ali, vultos submersos... Mas se paro um momento, se consigo Fechar os olhos, sinto-os a meu lado De novo, esses que amei: vivem commigo. Vejo-os, ouço-os e ouvem-me tambem, Juntos no antigo amor, no amor sagrado, Na communhão ideal do eterno Bem. Oceano Nox
Olha o sangue espalhado á tua porta... De quem é elle, diz? E escuta! n'esse seio criminoso O que é que já se move? Sim, o que é que se agita, e te commove Com um presentimento doloroso? Ai de mim! ai de mim! quem podesse livrar-me D'esta turba cruel de negros pensamentos! Vejo-os de toda a parte e a todos os momentos, Erguer-se em volta a mim, correndo a torturar-me! C
E vejo-os ainda a descerem pelos beccos, o velho meneando a cabeça, o pequenito a dar-lhe a mão? Degráo, avôsinho? ambos com os olhos no céo, a estrella a correr... Que lindas estrellas vê o cego! Andavam todos pasmados, a falar baixinho pelos cantos. O D. Affonso parecia outro!
Vejo-os em minha casa todas as semanas, ainda não descobri n'elles signaes de namoro. Conversam, jogam e até ás vezes passam quasi toda a noite sem se aproximarem um do outro. Não que elles iam mesmo namorar-se para sua casa! Se não fallam um com o outro é porque andam entendidos. Para mim é mais uma razão. Que o doutor deve defendel-os... Tambem nos saiu bem bom...
Vejo-os, e não com indifferença, porque sou curioso e adoro tudo o que me dá assumpto para o mexerico. Ora bem; o mexerico: ahi tens a razão principal da minha carta; ahi tens a razão porque descruzo as mãos de sobre o abdomen para tomar a penna do escriptor. E que escriptor!
Vejo-os cavando o solo... E o trigo cresce... Olha as searas de oiro, os fructos loiros!... As enxadas ao Sol, olhai, parece Que scintilam no ar como tesoiros... Vejo-os porfim á beira-Mar, um dia, Ouvindo as ondas cérulas cantar... E já os tenta uma visão que erguia Aos olhos deles a canção do Mar...
... Sam primeiro os indómitos pastores, Rudes, selvagens, livres, vagabundos, Gigantescos, erguidos nos pendores Das altas serras sob os ceus profundos!... Vejo-os além de mim, longe, na bruma, Pelas encostas barbaras da serra... E olham receiosos a nevada espuma Dos abraços do Mar cingindo a Terra...
Laura! vem!... Leva-me comtigo para o infinito, onde as estrellas executam uma dansa luminosa!... Meu Deus! como os teus cabellos cresceram desde a ultima vez que os acariciei, Laura!... Vejo-os fluctuar ao longe, atraz de nós, cauda d'um cometa d'ouro, entre a harmonia dos astros... A brisa eterna fal-os soltar notas maviosas... Vibram como cordas d'harpas eolias... Ouço por toda a parte a sympathonia do amor, em que canta um beijo que dura um seculo!...
Palavra Do Dia
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