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Ahi me ia eu agora desviando por um atalho que não convém. Tornemo-nos á educanda de Vairão. Cuido que não haverá ledor que não tenha o seu livro predilecto, para o qual de todos os outros se aparte por natural tendencia.

Espia-se, colheu-se: é uma servente do proximo convento de Vairão. Está pois a caçada circumscripta a um pequeno recinto, d'onde não ha fuga possivel para a pobre corça: agora é deixar-se tomar ás mãos rendida e envergonhada.

A mãe do filho natural era abbadessa de Vairão, da familia dos Alvins redarguiu triumphantemente Calisto. Coito damnado! retorquiu o conde. Discutamos esses pontos graves voltou serenamente o morgado da Agra, tomando rapé. A decima segunda avó de v. ex.^a Jeronyma Talha, era judia de Cezimbra, e esteve como covilheira dos sobrinhos de um Heitor de Barbuda com quem casou.

Sua tresavó enviuvou sem filhos e casou com um filho do capellão. D'este matrimonio nasceu seu avô Luiz de Almeida de Barbuda, que foi o primeiro conde do Reguengo. Reconciliemo-nos, sr. conde, em quanto ao sangue de coito damnado, se v. ex.^a quer emparelhar o filho do padre com a abbadessa de Vairão, tia da mulher de Nuno Alvares Pereira por Alvins.

Aquelle deleite, de que eu era tambem autor, me endeusava. Estava fóra de mim, sem saber onde. Por uma d'essas incoherencias que tão frequentes são nos sonhos, o logar era muitos logares ao mesmo tempo: era Vairão; era a Capital; agora, uma sala entre uma bibliotheca e um jardim; logo, um refugio campestre; e os moradores de cada um d'estes paraizos, sempre os mesmos dois, e mais ninguem.

Foram primeiros avós do Desembargador do Paço João Sanches de Baêna, que na sua mocidade usou tambem o appellido de Barbudo, 5.º avô da educanda de Vairão. ¿Quem diria ao fundador, que passados seculos ali tinha de habitar uma sua descendente? Pag. 50, lin. 38 *Os Sanches de Baêna*

Vairão era de antigos tempos uma das casas religiosas da especie média entre os dois extremos, uma das poucas em que as familias piedosas e discretas punham confiadamente suas filhas a educar, para depois as reconduzirem ao mundo, graves sem fanatismo, puras sem mingua na sensibilidade, mulheres emfim, quanto mulheres o podem sêr, anjos perfumados em paraizo.

«Que será de nós, passados alguns mezes? Para onde iremos quando nos expulsarem d'esta casa? Minha mãe pediu a parentas, que tem em differentes conventos, que nos recebam. Eu creio que irei para Vianna e mais a mana Felismina; outra irá para Vairão; e as outras duas para S. Bento do Porto. O pae diz que vai a Lisboa requerer um emprego, com que possa sustentar-se a si e á mãe.

Quando sahiu em 1862 a nova edição do Amor e melancolia, entendeu o poeta enriquecel-a com o precioso appenso que intitulou A chave do enigma. N'essas paginas de brilhante prosa explicou ás legitimas curiosidades do publico portuguez os seus amores com a incognita recolhida do mosteiro de Vairão.

A incognita de Vairão era a senhora D. Maria Isabel de Baêna Coimbra Portugal, com quem o poeta ajustou casamento, sem ainda se conhecerem pessoalmente, e com quem veio a casar na egreja do mosteiro a 29 de Novembro de 1834; filha de Francisco da Silva Coimbra de Carvalho, e de D. Maria Fortunata Agostinha de Portugal.

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