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Atualizado: 16 de julho de 2025
Frias como a neve vem do seu jasigo, Vem sentar-se todas no logar antigo, A chorar á roda do braseiro a arder!... Ai dos pobres mortos que não tem fogueiras, Nem velhinhas santas que lhe deem luz! Sob leivas, onde ninguem põe roseiras, Umas sobre as outras juntam-se as caveiras, Dando sangue aos vermes, podridões á Cruz... D'esses desgraçados, mortos no abandono, Onde estão as almas?
Reso de joelhos vendo a tarde triste, Pintada a sangue, em longes de pinhaes... Vendo imagens de estrela em charcos de agua, O oiro caido ao chão das arvores outomnaes E as nevoas, frias tunicas de magua, Vestindo outeiros nus... Vendo o fumo de rusticas lareiras, Onde ha velhas fiando em negras preguiceiras O livido lençol que as ha de amortalhar, E rezam n'uma voz de sombra: amen Jesus... E ficam-se a scismar... Lá fóra, ouve-se uivar phantastica alcateia E andam Bruxas a rir... Rangem velhinhas portas, Treme a luz da candeia, A cinza sobe no ar, as brazas mortas Começam a luzir...
Aborrecia-se e impacientava-se com as pobres vélhinhas, que procuravam nessa mocidade a alegria que as aquecesse e lhes reflorisse as existencias a extinguirem-se. Como á mãe, outrora, todas abriram o coração a esse coração, mas este permaneceu fechado e frio, afastando-as descaroavelmente.
Na terça feira de entrudo uns mascarados bebados, que desciam pela calçada, traziam adiante aos pontapés, em grande troça, um chapéo de furta-côres, pequeno, de abas largas, arrombado, sem pêllo, com um velho galão todo oxidado, velho, muito velho... Boas e santas velhinhas! Requiem æternam dona eis, Domine, et lux perpetua luceat eis. Noite de Natal. Terminára a missa.
A torre 'inda cá está, e vem a dar no mesmo! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . E com immensa dôr, os peitos palpitantes, Lagrimas o brotar de mães pobres velhinhas, Na branca lividez de esposas soluçantes, Nos choros infantis de pobres creancinhas, Levantando a cabeça em gargalhada f'rina, 'Inda mais uma vez venceu a Disciplina!
Os cavallos gemiam, suavam, lançando pelas ventas baforadas densas. As sob-rodas, occultas pela lama e que o cocheiro não evitava, cego pela chuva que o zurzia, faziam cambalear o trem como um ebrio. E lá dentro mal pude avistar, atravez dos vidros embaciados, as velhinhas que sorriam. Abri a janella para as ver desapparecer. Julguei que nunca chegassem ao alto.
Sentia-se apossada de todo esse vasto casarão, que parecia crescer a cada nova baixa que a morte marcava, com a sua fatalidade cega de força inconsciente, na comunidade já tão diminuida. Era a herdeira natural e incontestada dos santos que lhe iam deixando as pobres vélhinhas, como recordação, e na vaga esperança de que assim viveriam mais na sua memoria, unico abrigo ás suas almas exauridas.
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