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Atualizado: 29 de outubro de 2025
No meio de graves difficuldades, Affonso VII, que por morte de D. Urraca empunhára irrevocavelmente o sceptro de Leão e Castella, não poude a principio impedir essas correrias, nem procurar submetter seu primo; mas em breve, favorecido pela fortuna, aprestou um numeroso exercito, e dirigindo-se aos territorios de Galliza, avassallados pelos portuguezes, repelliu de toda a provincia os invasores.
O portuguez desiste ahi das suas pretenções ás fronteiras cedidas por D. Urraca, e Affonso VII por seu turno reconhece a independencia do novo reino e o titulo do seu soberano. Esta soberania e independencia não eram, porém, absolutas.
Assim que D. Urraca morreu. Affonso VII, depois de reconquistadas ao visinho aragonez as cidades de Castella, olhou para oeste, afim de reconstituir de novo a monarchia leoneza, fazendo regressar ao seu dominio os territorios de Campos e da Galliza.
Tanto que El-Rei D. Affonso chegou a Coimbra lhe foi logo commettido cazamento para sua filha Dona Mofalda; elle teve tres filhas, e um só filho, o filho houve nome D. Sancho, que herdou o Reino por falecimento de seu pai, e em sendo Ifante foi sempre mui bom e esforçado Cavalleiro, e valente, e depois que Reinou, não menos bom, virtuoso, e esforçado Rei, fazendo muitas cavallarias, e accrescentando seu Reino como em seu logar contaremos, e a primeira filha houve por nome Dona Mofalda, que foi cazada com D. Reymondo, filho do Conde D. Reymondo de Barcelona, e a outra chamada Dona Urraca, cazou com El-Rei D. Fernando de Lião; a terceira filha houve nome Dona Tareja.
D'esta penosa situação pôde saír sem grande esforço, graças ás intrigas que se urdiam em segredo na propria comitiva de D. Urraca.
O conde Raimundo de Borgonha, marido de sua filha D. Urraca, foi por elle encarregado do governo da Galliza, incluindo n'esse territorio tudo o que corre desde o Minho até o Mondego, e depois até o Téjo: o que n'esse tempo ora se considerava como parte da Galliza, ora como um ou mais condados distinctos d'ella , constituindo no todo, talvez, a mais vasta provincia do reino de Leão e Castella.
Á morte do conde D. Henrique, D. Tareja partiu para Astorga, onde estava a côrte, e crê-se que fôra por suggestão sua que Affonso I de Aragão repellíra de si, e expulsára da cidade D. Urraca, sua mulher, por suspeitas de envenenamento, negando-lhe até a prova do combate ou juizo de Deus com que ella queria para logo justificar-se.
Eu já lembrei o absurdo que resulta de suppôr que ao dote de D. Urraca se tirou uma porção para dar tambem em dote a D. Theresa. O mesmo absurdo resultaria de suppôr que ao feudo do conde Raimundo se tinha tirado um fragmento para infeudar a Henrique.
E com tal habilidade se soube D. Tareja dirigir nas relações politicas com os seus adversarios externos, que obteve a confirmação do tratado antigo ácerca de Samora, que uma das reconciliações conjugaes de D. Urraca invalidára. O districto d'esta cidade passou a ser portuguez.
Ora mostrando-se favoravel ao moço Affonso Raimundez contra a mãe e padrasto, que se tinham temporariamente congraçado, e incitando Pedro Froylaz, conde de Trava, aio do infante, a sustentar animosamente a causa do seu pupillo, quando o veio sobre isso consultar; ora colligando-se com o rei d'Aragão contra D. Urraca, divorciada de novo do marido no anno seguinte de 1111 . Henrique evidentemente procurava aproveitar nas dissensões civis a occasião de constituir independente o seu condado, e, com effeito, procrastinadas as perturbações da Hespanha quasi até 1126, elle falleceu em 1112 , deixando o governo a sua mulher D. Theresa, sem nunca submetter o collo ao jugo de D. Urraca.
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