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Pereira estava doudo, ou gracejava com o publico? Deixo a escolha a v.. postoque estou certo de que das duas explicações ha-de preferir a ultima. Mas o caso não pára aqui. Tenha v.. paciencia, porque não fui eu que quiz discutir o milagre de Ourique; foram os padres, que me têm insultado porque o tractei como elle merecia, que me compelliram a isso.

Confesso que ahi tractei esse embuste com o desprezo que elle merece, porque, na verdade, conhecendo eu muitos diplomas forjados com maior ou menor destreza, este é, sem contradicção, o mais inhabilmente executado.

Entrarei na materia. Na questão suscitada pelo modo como tractei na Historia de Portugal a lenda de Ourique, e ainda outras lendas analogas, é necessario confessar que se tem partido sempre de um ponto nebuloso e fluctuante. Para se chegar a um resultado preciso era necessario ter convindo em certo numero de principios, acceitar certas formulas de raciocinio. Não se fez isso. E todavia, a crítica historica tem regras para a credibilidade, regras a que todo aquelle que tracta de taes materias deve sujeitar-se, porque se estribam, não na acceitação dos homens de sciencia, mas tambem na razão commum. Estes preceitos são no nosso seculo, em que os estudos historicos têm feito na Europa tantos ou mais progressos que as outras sciencias, assaz severos; mas essa severidade começou a desenvolver-se desde os fins do seculo XVII, em que a congregação de S. Mauro, aquelle brilhante seminario de homens illustres, creou a diplomatica. O estudo dos archivos, estudo alumiado pela philosophia crítica, mostrou quanto havia a desprezar nessas vastas compilações de trabalhos historicos dos seculos anteriores.

Se não fosse o obstaculo da chronologia, eu imaginara que v. ex.^a me oppunha, como accusação muda contra a rustica sinceridade com que tractei a questão, o nome illustre do senador piemontês Cibrario «cuja reputação liberal e scientifica é, diz v. ex.^a, tão geralmente reconhecida e confessada entre os nossos mesmos» , e que fui encarregado de estipular uma convenção analoga entre o Piemonte e a França.

Uma loucura emendou esta que eu tractei logo de abafar em mim, porque desde o principio a vi tal como ella era.

Não vi ja quasi nenhum d'aquelles que tanto desejára conhecer; as ruinas do grande imperio estavam dispersas; os seus generaes mortos, desterrados, ou trajavam interesseiros e covardes as librés do vencedor... De todas as grandes figuras d'essa epocha, a que melhor conheci e tractei foi uma senhora, typo de graça, de amabilidade e de talento.

Não vi ja quasi nenhum d'aquelles que tanto desejára conhecer; as ruinas do grande imperio estavam dispersas; os seus generaes mortos, desterrados, ou trajavam interesseiros e covardes as librés do vencedor... De todas as grandes figuras d'essa epocha, a que melhor conheci e tractei foi uma senhora, typo de graça, de amabilidade e de talento.

Uma das causas porque o adversario me julga indigno de mais favores seus, é a irreverencia, com que tractei Napoleão, aquelle grande e generoso homem, de quem diz o ignorantissimo e insolentissimo conde de Toreno , que o seu procedimento na invasão e occupação de Portugal foi digno dos tyrannos brutaes da idade média, o generoso conquistador que subjugou a nossa resistencia, occupando o país em som de paz, e impondo-nos logo uma contribuição de cem milhões de resgate; que profanou os nossos campos, roubou os nossos vasos sagrados para que os seus generaes tivessem dinheiro com que se embriagar e frequentar os prostíbulos da Babilonia do Sena; daquelle grande homem, cujo nome sôa como um dobre por finado em quasi todas as familias dos nossos irmãos, porque os ossos das víctimas que elle nos fez ainda não apodreceram de todo debaixo da terra.

Nunca minha mulher conheceu a tristeza que me descoroçoava por dentro, isso é verdade; mas o que lhe valeu para viver e morrer feliz foi eu ajuntar á delicadeza com que sempre a tractei, algumas dividas que ainda estou pagando hoje. Morreu minha mulher... attenda agora, snr.

Pondo de parte a gíria tacanha com que se por provado o absurdo de que o monumento de D. Pedro significa forçosamente a pública-fórma do mote do exarcha Smaragdo, e que uma eschola, um templo, ou outra qualquer cousa não pode ser monumento; pondo de parte essa gíria, porque é vergonhosa e parva, direi , que não foi isso que eu tractei de provar.

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