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As supposições da tia Tourtebonne não tinham fim; a imaginação ajudando o seu bom coração, rodeava a criança de chimeras; tinha chegado a querer-lhe tanto que, com as intimas, chamava-lhe de boa vontade: o meu rapazinho. Sophia tendo prevenido seus amos, estes interrogaram a tia Tourtebonne com o mais vivo interesse. Felicissima por vêr o negocio em boas mãos, disse tudo quanto sabia e mesmo mais.

Dez minutos mais ou dez minutos menos não faz nada ao caso. Josephina approvou Julião. Como ella é bonita! accrescentou o marido de Sophia. E como ella dança bem, com as suas flôres de romã na cabeça, respondeu a tia Tourtebonne, que se não fartava de a admirar, dizendo a todo o instante: Oh! se me fizessem mexer assim cahiria por terra, com certeza!

E quando a pobre criança dizia obrigado, respondia: Não por isso, meu canito; dá-me gosto vêr-t'a roer. Chegaram a casa do commissario de policia. A Tourtebonne fallou muito tempo sem dizer grande coisa, e o senhor Baptista disse tres ou quatro palavras e alguns huns!

Josephina pulava de contente, mas atravez da sua alegria jactava-se uma grande preoccupação. Em cada pequeno pellotiqueiro queria reconhecer Adalberto. A tia Tourtebonne e Sophia não cessavam tambem de pensar no pequeno da adêga, mas a pequena camponeza, com o enthusiasmo da sua idade, não duvidava da sua presença, chegando a parecer-lhe impossivel que elle não estivesse ali.

O senhor Deschamps lacrou a carta do pequeno diante d'elle sem a ler, depois mandou Julião ao correio. Atravessando a pequena cidade, este encontrou a tia Tourtebonne, porque ella girava tanto que sempre a encontravam.

O senhor Baptista e a tia Tourtebonne retiraram-se de braço dado, como tinham vindo, e para acabar esta tarde de emoções o carrinho poz-se a caminho até á habitação da excellente mulher, que morava exactamente n'uma das ultimas casas da cidade, do lado pelo qual Adalberto tinha fugido para a planicie.

Olhe eu nunca tive filhos, infelizmente para mim; mas gosto das crianças, quero-lhes bem. Ah! se eu os tivesse tido, como tomaria cuidado n'elles! parece-me que os dependuraria todos ao meu pescoço com medo de os perder. A tia Tourtebonne, dizendo isto e toda inquieta pensando em Adalberto, pôz-se a chorar, como ella fazia de tempos a tempos, pelas crianças que nunca tinha visto.

Amigo do socego em todos os tempos, o honrado homem tornava-se fanatico por elle, em presença d'esta incommoda inchação; e quando a sua antiga conhecida o queria fazer ceder, respondia-lhe por um esforço supremo: Visto que o pequeno se achou, não é preciso mais nada. Não, não, replicava a tia Tourtebonne empurrando o seu carrinho. Ao mesmo tempo uma outra scena se passava em outro logar.

E n'isto, com grande espanto de Josephina, a tia Tourtebonne enterneceu-se, pensando na familiasinha que podia ter e que não tinha. A conversação sobre Adalberto não podia interromper-se; ambas repetiam: Está talvez ali! Quem sabe? De repente, no meio da multidão avistam os caros amigos Julião e sua mulher, que seus amos tinham mandado á festa, para que se divertissem um bocado.

Dito isto, metteram no pateo a pequena carreta, e a tia Juliana, acendendo a sua véla, conduziu á adêga a tia Tourtebonne. Que felizes que são, disse a gorda creatura rindo ás gargalhadas, aquelles que cabem pela tal fresta! Eu mal passo pela escada! Como é estreita! não tem mesmo geito nenhum! E a porta? Mas em que pensava o architecto?

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