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Atualizado: 20 de julho de 2025
Era um amôr assim, um thesouro de divinas sensações que unia a marqueza e o republicano. E, como n'este ultimo residia a força do caracter, e intelligencia e o talento, Ronquerolle devia absorver completamente a existencia de «M.me de la Tournelle». Ella tendia mais para elle do que elle a amava a ella.
Aprumando-se viu que alguem de dentro da carruagem o chamava. Era madame de la Tournelle que inquieta, viera ali para informar-se do que se passava. A pobresinha, disse-lhe Ronquerolle, morrerá mal chegue a noite, são estas ás palavras do medico. Parte-se-me o coração e soffro muito por vêl-a assim desfallecer. «Não quero abandonal-a assim. Volto para junto d'ella.
Alternadamente escutavam-se os nomes dos dois candidatos. Sr. de la Tournelle! Sr. Ronquerolle! Cêrca das nove horas os murmurios d'alegria ouviam-se já entre os operarios. Vencia o cidadão Ronquerolle, segundo todas as probabilidades. Tinha a maioria de 1500 votos só na cidade de Saint-Martin. O ruido d'esta vitoria estalou como uma bomba de dynamite.
Os versos misturavam-se com a prosa e o signatario falava d'uma tarde, d'um baile parisiense onde tinha dançado com madame de la Tournelle... «Oh! porque vos vi eu? dizia a carta. Porque senti eu bater o vosso peito junto ao meu n'esse baile onde me levou o destino, esse Deus do mundo, segundo o pensamento de Schiller? Penso constantemente em vós, é a saudade por vós que me alenta.
Para acalmar as suas apprehensões, para procurar serenar os seus nervos, Ronquerolle começou a escrever versos em memoria da sua adorada Emilia. Compoz um verdadeiro poéma em sua honra e fêl-o publicar n'uma revista litteraria. Esses versos foram notados e commentados nos jornaes politicos. A marqueza de la Tournelle respeitou a dôr do seu amante.
N'uma palavra, toda a sua energia se fundia como n'um circulo de fogo em presença d'essas florestas voluptuosas, d'essas aguas perfidas, d'essa verdura que a sombra torna mais attrahente. M.me «de la Tournelle» mandou parar a sua carruagem no principio da grande avenida. Desceu e caminhou a pé por entre os castanheiros e as tilias.
Declaro guerra aos «de la Tournelle», colloco todas as minhas baterias em campo, excitando os eleitores contra elles... A marqueza pedir-me-ha treguas na lucta, enviar-lhe-hei um parlamentar e tudo conseguirei; será finalmente o resumo de todas as minhas esperanças, de todos os meus desejos. Quanto aos candidatos, elles que se arranjem, que resolvam o caso como entenderem.
Despediu-se rapidamente de Baliverne e encerrou-se no seu quarto. N'este mesmo dia, na mesma quinta-feira para que fôra convocada a reunião devia elle ter o «rendez-vous» combinado, com «M.me de la Tournelle», nos «Passeios» ás dez horas da noite. Por uma estranha coincidencia, este «rendez-vous» apaixonado, a que julgava não poder assistir, tornava-se agora possivel.
De repente bateu na testa e empallideceu. Mas, d'aqui a tres dias, á noite, ha uma reunião eleitoral em Saint-Martin. Não posso enganar-me pois que fui eu que convoquei os eleitores... Que fazer? Ronquerolle acreditou por momentos que M.me «de la Tournelle» lhe tivesse pregado uma peça.
Ronquerolle estava completamente fascinado, maravilhado da audaz belleza de Madame de la Tournelle e a marqueza adorava o seu amante pela sua mocidade, simplicidade, pela vehemencia da sua paixão e do seu formoso espirito, e tambem pela sua insaciavel ambição. Ronquerolle comprazia-se em fazer-lhe longas confidencias sobre os seus projectos de futuro.
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