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Atualizado: 21 de junho de 2025
Em cada vaso negro ha um lirio nobre e triste e as horas tombam como folhas mortas. Porque não nasci eu um lirio nobre e triste, pétala sem perfume entre essas folhas mortas? Um Versalhes fulgura em cada illusão triste, um Versalhes de outomno atapetado de folhas mortas! Em cada vaso negro ha um lirio nobre e triste e as horas tombam como folhas mortas...
A nossa alma é como velho arco de ponte, sob o qual flui o rio do tempo, levando no seu curso as verduras da terra e as luzes do firmamento, cabelos corredios de algas e filamentos luminosos de mundos, flôres das margens e cometas do Infinito. De quando em quando, da nossa própria alma tombam flôres mortas que o tempo leva e vai sumindo na imensidade da Distância.
E a sua imagem lembra a imagem de um destino de pureza e de amôr que segue, passo a passo, este Sonho immortal como um Cysne divino. Dêste relogio belga, enorme, branco e triste, tombam as horas como folhas mortas. Por uma tarde outomnal, triste de spleen e folhas mortas: Em cada vaso negro ha um lirio nobre e triste.
Coitado! Eu agora é que trago entre mãos um negocio... Porque é que elles não trabalham? Porque a quebra, as afflicções, a ruina, tolheram-nos para sempre. Perderam a energia e só sonham em se tornar ricos. Vivem illudidos e tombam no sepulchro gastos e com a scisma em maravilhosos lucros. E não têm porventura razão? Não vão amanhã quinhoar d'essa larga e mysteriosa empreza a Morte?
E n'uma e outra os exercitos, os uniformes variados, os kepis multicôres, as espadas reluzentes, os cavallos pendurados das fragas, os cavalleiros pendurados dos cavallos, as carretas suspensas na ladeira, as peças que abrem a sua bocca de fogo para vomitar o fumo e a morte, a voz dos clarins e a voz dos commandantes, pragas, juras, maldições, gemidos, blasphemias, sacrilegios, e a turba ora a estreitecer, a apertar-se, a juntar-se em pinha, ora a crescer, a alargar-se, a fazer-se onda, a trasbordar, ora a rolar como avalanche pelo monte abaixo, ora a marinhar por elle, a trepar, a agarrar-se, tão espessa, tão escura, tão confusa como se fosse uma nuvem que saísse do rio, e o sol a doiral-a agora e logo o fumo a envolvel-a, e já se desencadeiam d'um e d'outro lado ameaçando chocar-se sobre a ponte, que corta o valle, e que afundará com elles, e baralham-se, enovelam-se, redemoinham, e apparecem uns, e desapparecem outros, e tombam cadaveres ao rio, e estruge no ar a grita, e corre ensanguentada a agua, e são aquelles os que vencem, os que estão em maior numero, e vão esmagar os outros, e arvorar a bandeira... mas rolam de novo, precipitam-se, confundem-se, e são estes agora os que triumpham, lá se embrenham por entre o inimigo, passam como corisco, e assombram-n'o, fulminam-n'o, e a victoria é sua!
E, entretanto, todos se queixam de que a nossa literatura e a nossa arte tombam em decadencia. Mas, porque não, se Portugal se tem regido sempre pela peor tirania, pela adulteração da Liberdade? Como querem Arte livre sem critica livre? Quem ha de trabalhar num meio assim? O verdadeiro trabalhador? Mas esse não procura nunca os criticos vulgares.
Ponho-me ás vezes a escutar, atento, A voz do sangue, a voz da minha raça... E em meus olhos, então, saudosos, passa Uma visão que é um deslumbramento! Em horas de amargura e de anciedade, Quando os meus braços tombam de fadiga, Ponho-me a ouvir aquela voz antiga Religiosamente, com saudade...
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