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Atualizado: 11 de julho de 2025
Um dia, era eu ainda um rapaselho, apanhei entre os velhos livros de meu pae: que sabia de cór o Virgilio, o Camões, e que me recomendava o Tito Livio, o João de Barros, etc, apanhei, pois, um volume, que nunca mais vi, e que era uma edição em 8.° da Chronica de Dom Pedro por Fernão Lopes, exactamente a que vamos lêr agora.
Ruy de Pina, que segue os moldes de Tito Livio, pondo longos discursos na bocca dos personagens historicos, descreve d'este modo a scena intima, que se déra entre D. Pedro e D. Alvaro: «E passados alguns dias depois estes conselhos, o infante não se esfriando em seu proposito, apartou só em uma camara o conde d'Abranches, e lhe disse conde, sabe que eu sinto já minha alma aborrecida de viver n'este corpo, como desejosa de se sair de suas paixões e tristezas, e considerados os seus combates que minha vida, honra, e estado cada dia recebem, com esperança de não minguarem, mas cada vez crescerem mais, certo se as cousas n'esta viagem me não succedem como eu desejo, e seria razão, eu todavia determino morrer e acabar inteiro, e não em pedaços, e como quer que tenho outros bons criados e servidores, que por suas bondades folgariam e não se escusariam de morrer comigo, porém em vós sobre todos tomei esta confiança, assim pela irmandade que comigo merecestes ter, na santa e honrada ordem da Garrotea em que somos confrades, e como por creação que vos fiz, e principalmente pela certidão que de vossa bondade e esforço tenho muito ha conhecido, e por tanto quero saber de vós, se no dia que d'este mundo me partir, querereis tambem ser meu companheiro, e com isso lembre-vos para satisfazerdes aos primores de vossa honra, que sendo vós tão conhecidamente meu criado e servidor, e tão publico imigo do conde d'Ourem e arcebispo de Lisboa, depois de minha morte não podeis ter vida, salvo reservada para com mãos d'algozes a perderdes em lugares vis, e com pregões deshonrados.
Mas Gonçalo, que abominava aquella lenda, a silenciosa figura degolada, errando por noites de inverno entre as ameias da Torre com a cabeça nas mãos despegou da varanda, deteve a Chronica immensa: Toca a deitar, oh Videirinha, hein? Passa das tres horas, é um horror. Olhe! O Titó e o Gouveia jantam cá na Torre, no Domingo.
Elle vem esta semana a Oliveira... E é verdade! vocês sabiam da intimidade do Titó com o Sanches Lucena? Historiou então, com exagero alegre, o encontro da Bica-Santa, o horror que lhe causára a bella D. Anna, a descoberta inesperada d'essa familiaridade do Titó na Feitosa.
Elle e Titó almoçaram na torre: e Titó, á sobremesa, lembrou galhofeiramente a conveniencia d'um brinde, e bramou elle o brinde, comparando Gonçalo ao elefante, «sempre bom, que tanto aguenta, e de repente, zás, esmaga o mundo!» Depois João Gouveia accendendo um grande charuto reclamou a representação veridica da desordem, com os pulos, os gritos, para elle se compenetrar como auctoridade.
Com que energia não é expresso o sentimento religioso nas sublimes odes de Pindaro e nas solemnes e magestosas tragedias de Eschylo! Passemos a Roma, e lá acharemos o sentimento religioso revelado nas obras de Virgilio, de Cicero e de Tito Livio.
Nós não! acudiu o Titó, que se sentára familiarmente no rebordo da varanda. Cá o nosso rancho vae simplesmente a Craquêde. Já é terra da familia, e sitio mais socegado para o vivorio... Mas então esse homem não se demorou em Lisboa, prima Graça? Desde Domingo, primo Antonio. Chegou no Domingo, de Paris, pelo Sud-Express. E teve uma chegada brilhante... Oh! muito brilhante!
E a «meia» batia no relogio da Camara, quando Gonçalo, que se retardára na Assembléa n'um voltarete enremissado, appareceu annunciando uma fome terrivel, «a fome historica dos Ramires», e apressando a marcha para o Gago sem mesmo consentir que o Titó descesse á tabacaria do Brito, a buscar uma garrafa de aguardente de canna da Madeira, velha e «da ponta fina...» Não ha tempo! Ao Gago!
Antonio Villalobos vem hoje um moralista muito terrivel, um Catão com quem se não pode jantar!... Ora foi sempre o costume dos Philosophos muito rispidos fugir da sala do banquete onde triumpha o devasso, e protestar comendo na cosinha! Titó, serenamente, virou as costas magestosas. Onde vaes, ó Titó? Para a cosinha!
O Titó despegou do cadeirão. E afundando as mãos nos bolsos da quinzena d'alpaca, sacudindo desinteressadamente os hombros: Cada um tem sobre o Sanches a sua opinião... Eu apenas o conheço ha quatro ou cinco mezes, mas acho que é serio, que sabe as cousas... Agora, lá nas Camaras... Gonçalo, indignado, bradava que se não discutiam os meritos do Snr. Sanches Lucena mas os segredos do Snr.
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