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Mas ás vezes estava alegre, palrava, chalaceava... Uma desgraça! Devia-se entreter, devia lêr, disse o padre Amaro para mostrar interesse. O sineiro suspirou. Não sabia lêr, a pequena, nunca quizera aprender. Era o que elle lhe dizia se pudesses lêr te não pesava tanto a vida! Mas então?

Ella abria os olhos espantados, como resurgindo de muito longe; e era realmente bella, cruzando os braços nús sobre o peito descoberto, dizendo lentamente com a cabeça que não... Uma circumstancia inesperada veio estragar aquellas manhãs da casa do sineiro. Foi a extravagancia da Tótó. Como disse o padre Amaro, «a rapariga sahia-lhes um monstro»! Tinha agora por Amelia uma aversão desabrida.

Bem; e agora, Dionysia, que lhe parece? perguntou elle recostado na cadeira, esperando os conselhos da matrona. Ella disse muito naturalmente, sem affectação de mysterio ou de malicia: A mim parece-me que para vêr a pequena não ha como a casa do sineiro! A casa do sineiro!? Ella recordou-lhe, muito tranquillamente, a excellente disposição do sitio.

E não poder ella tambem concorrer com a sua influencia no céo para restabelecer a perna de Natario, foi uma das amarguras maiores, talvez a punição mais viva que sentira desde que amava o padre Amaro. Foi em casa do sineiro, d'ahi a dias, que Amaro participou a Amelia o plano do padre-mestre. Preparou-a, revelando-lhe primeiro que o conego sabia tudo...

Amelia olhava-o petrificada: e os seus labios pallidos se moviam n'uma oração. Quando elle lhe disse, emfim, que eram horas d'irem a casa do sineiro recuou, como diante do demonio que a chamasse. Hoje não! exclamou, implorando-o. Elle insistiu.

Se ainda pensava em Amaro, é porque não podia deixar de pensar na casa do sineiro; mas o que a tentava ainda era o prazer e não o parocho. E com a sua natureza de boa rapariga tinha um reconhecimento sincero pelo abbade. Como dissera a Amaro n'aquella tarde, «devia-lhe tudo». Era o que sentia agora tambem pelo doutor Gouvêa, que vinha regularmente vêr a velha de dois em dois dias.

Comtanto que haja duas cadeiras e uma mesa para pôr o livro da oração... De resto, por outro lado, dizia o sineiro, como sitio retirado e casa socegada estava a preceito. Ficavam alli, elle e a menina, como os monges no deserto. Nos dias em que o senhor parocho viesse, elle sahia a dar o seu giro.

«P. S. A criança morreu tambem, se enterrouFechou a carta com uma obreia preta; e depois d'arranjar os seus papeis, foi abrir o grande portão chapeado de ferro, olhar um momento o pateo, o barracão, a casa do sineiro... As nevoas, as primeiras chuvas davam áquelle recanto da o seu ar lugubre d'inverno.

De noite sentia-a passear pela casa até tarde, abrir as janellas... Ás vezes tinha até medo de lhe vêr o olhar tão exquisito: quando vinha de casa do sineiro era sempre branca como a cal, a cahir de fraqueza. Tinha de tomar logo um caldo... Emfim, dizia-se que a Tótó tinha o demonio no corpo.

Para tudo que precisar. De tudo sei um bocadinho, até de desarranjos e de partos... E n'este ponto posso até dizer... Mas o padre não a escutava: atirára com a porta de repellão, fugindo, indignado d'aquella utilidade torpe assim brutalmente offerecida. Foi d'ahi a dias que elle fallou em casa da S. Joanneira da filha do sineiro.

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