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Atualizado: 23 de junho de 2025
Do fundo de sua alma deu, então, graças á Providencia, se Silvina o não tinha visto; mas o derradeiro olhar, que lançou aos descaridosos mofadores, era provocador. Resolveu, pois, retirar-se, maldizendo o velho amigo de sua familia, que o demovera do proposito de fazer roupa nova. Quando ia sahindo, atravessou por engano a sala em que se achavam D. Francisca, D. Silvina, e Jorge Coelho.
Se a carta de Silvina fosse uma dorida invocação ao amor de Jorge, simulando razões e desculpas, ou accusando o silencio do desleal amante, que a despresara sem motivar o menospreso immerecido, é de presumir que o brioso moço nem respondesse á carta, nem se doesse dos hypocritas queixumes de uma caprichosa estouvada.
Jorge tornou Silvina. Está pesando no seu juizo a verdade das minhas palavras? Impressionaram-no tanto!...
Lá que ella tem uma cabecinha como não ha outra, isso pau pau, pedra pedra, a verdade ha-de dizer-se. O que lhe falta é miôlo... Ora ande lá... vá lendo: «Nunca eu aceitaria continuava a carta de Silvina uma prenda de homem, que não tivesse uma explicação honrosa. Esta, que eu tenho no meu pulso, não me faz estremecer a mão de pejo.
O inquieto Pires, furando por entre todos, foi apertar a mão a Silvina, e dizer-lhe que estava o ideal da quinta essencia das fadas, com o que D. Francisca se riu, e riso fôra aquelle que abrira na testa de Pires um vinco dos que promettem cataclismos. Dá-me novas de Jorge? disse Pires a D. Silvina. Eu cheguei hontem da Maya, e não pude ainda encontral-o no hotel.
A este tempo chegavam, perto de Silvina, Egas de Encerra-bodes, Christovão de Valladares, e Leonardo Pires. O do Matto-grosso comprimentou alguns primos que estavam na roda; e o de Santa Eufemia, voltando as costas para as senhoras, respondia, sem saber o que, a algumas perguntas d'um cavalheiro.
Depois, bramiu um urro de satisfação, e cruzou as mãos sobre a barriga n.º 2. Com que sim continuou elle Em que estava a senhora a malucar? A malucar?! disse Silvina, franzindo a testa. Sim, dizia eu, se estava a cogitar n'esta vista do mar... Ah! sim... estava... A fallar a verdade, tornou elle, recolhendo-se isto é uma obra que faz pasmar a gente!
Vamos, prima, que são horas disse Francisca da Cunha, condoida do enleio desacostumado de Silvina. Pois sim, vamos disse esta, corrida de modo, que incutiria compaixão em homem que não fosse Pires. Dão-me as suas ordens, minhas senhoras? disse elle, ladeando Ah! continuou Pires de sobresalto esquecia-me dizer á snr.ª D. Silvina que o nosso Jorge vem ahi... Ah! vem? disse machinalmente Silvina.
Pires, vibrando no ar estalinhos com o chicote, entalou a luneta no olho esquerdo, e foi expandir o jubilo em folgada palestra com os morgados, que o espreitavam. Silvina, quando entrou n'uma casa nobre de Traz da Sé, soffreu um insulto nervoso que desabafou em gritos. Queria Francisca da Cunha consolal-a; mas estava esperando de instante a instante ser assaltada tambem do mesmo insulto.
Não é poeta? interrompeu Silvina, ageitando o lindo rosto a um ar de zombeteira admiração. Se sou poeta!... disse Pires, enviezando para o estuque do firmamento olhos de lastima. A poesia é flôr muito delicada, que o primeiro vendaval do coração desfolha. Desfolhada a primeira flôr, o vaso que fica não tem seiva para outra: é como a terra ferida de maldição.
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