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Atualizado: 2 de julho de 2025
Soror Rufina, confidente d'esta ruim paixão, orou com ella, e penitenciou-a com o preceito duro de escrever a seu tio uma carta, em que lhe agradecesse, com humildade e amor, os paternaes conselhos que lhe dera, e o applauso com que a ajudava a defender-se das instancias de seus paes.
Pois queira subir... disse o padre capellão do mosteiro, que n'este momento viera collocar-se ao pé de Francisco Salter Eu acompanho v. s.ª á grade onde o esperam continuou o padre, dando-lhe o braço, e guiando-o automaticamente para a grade, onde o estavam esperando. Mendonça encontrou na grade uma freira desconhecida: era soror Rufina.
A madre Rufina respondeu que na casa do Senhor não se recebia ninguem introduzido á força; que sua sobrinha não estava no caso de aceitar com prazer o recolher-se a um convento, quando o seu coração propendia e ligava a outros amores.
Pois Carlota ha de ser freira?! interrompeu com impetuosa grita Norberto, derrubando a gola do capote, que era de mais na cara afogueada pela ingrata nova. O mano faz um espanto redarguiu mansamente Rufina como se eu lhe dissesse que sua filha havia de praticar um crime!...
Carlota Angela saiu precipitadamente da grade; soror Rufina ficou para explicar ao sandeu a descortezia da sobrinha; aconteceu, porém, que elle não se julgou affrontado pelo impeto da saida. Snr. Antonio disse a freira v. m. está ahi fallando n'uma pessoa que morreu. Minha sobrinha não espera alguem. Eu não sabia que elle morreu!
Mendonça, venha aqui todos os dias, e verá como o tempo amacia os espinhos que o mortificam. Ha de chegar a esquecer-se das dores que soffre n'este momento, e a sentir as lagrimas de uma amizade santa e pura. O dialogo foi cortado por uma pressurosa chamada a soror Rufina. Carlota recuperando os sentidos, chamava Francisco Salter de Mendonça, e forcejava por evadir-se dos braços que a sustinham.
Soror Rufina surgira de uma especie de lethargo, depois que o desconhecido saíra. Foi ao quarto da sobrinha, e viu-a sentada no leito, com os cotovêlos fincados nos joelhos, e o rosto entre as mãos. Saíam-lhe das palpebras os olhos vidrentos e immoveis como os de um cadaver embalsamado. Parecia não ver alguem, e a respiração das pessoas, que a rodeavam, nem sequer se ouvia.
Carlota, por sua parte, não desmentiu a conjectura da freira, por isso que, por espaço de dois dias, esteve reclusa na sua cella, orando e chorando, quasi sempre sósinha, porque tanto a Cecilia como a Rufina pedia que a deixassem desafogar a sua angustia a sós com a imagem do Senhor, sua consolação extrema e unica.
Carlota estranhava os melancolicos olhares, os beijos e caricias de todas, a condolencia terna com que, as mais afastadas da sua convivencia, a vinham espairecer ao seu quarto. Norberto de Meirelles procurara sua filha, n'esses dias em que a noticia vogava. Soror Rufina estava de cama; recebera primeiro o recado do pae de Carlota.
Soror Rufina esperava que ella lhe fallasse de Francisco Salter; Dorothea, a carinhosa noviça, aventurava algumas palavras allusivas; Carlota, porém, nunca permittiu á primeira, com o seu silencio, proferir tal nome; e á segunda, debulhando-se em lagrimas, fazia com a mão um signal de não poder ouvil-a.
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