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Atualizado: 23 de julho de 2025
Quasi se sentiu morrer diante d'aquelle paiz de florestas. Ali havia nascido Rosina. Como ella o devia amar para se esquecer do seu formoso ninho! Consultou todas as arvores, bateu a todas as portas. De Rosina Regnau ninguem se lembrava; Pietro, o velho sonatóre, ninguem o vira. Graça Strech esteve ali muito tempo: havia já tanto que saíra de Portugal!
As lagrimas foram rareando; a commoção esbatia-se na vulgaridade dos accidentes chãos, como nuvem que se esfarrapa, aclareando-se, em pedaços do azul; o tempo ia derramando um balsamo doce sobre aquella ferida, cicatrisando-a, n'uma suavidade lenta. O commendador visitava-a de quando em quando, sempre muito attencioso, um pequeno bijou para a Rosina.
Por duas ponderosas razões não podia ficar Rosina Regnau em Portugal. Era a primeira que, inculcando-se irmã de Graça Strech, a sua deshonra seria desaire para o irmão.
N'essa hypothese lhe contou as suas desventuras, os seus amores, os sacrificios de Rosina, o destino que dera ao annel, a afflictiva incerteza em que estava, a ancia que tinha de beijar seu filho, de encontrar Rosina... Juntou lagrimas de saudade a palavras de perdão, queixumes de animo attribulado a hymnos de confiança em Deus...
Mas tambem quem conhecia em Napoles Rosina Regnau? Bem se podiam lembrar de ir saber ao correio. Pietro andava por fóra com a sua harpa; Rosina estava cuidando do filho: não se lembravam. As mealhas que Pietro recolhia, e generosamente repartia provavelmente, abastavam a alimentação dos trez.
Que esperança podia, pois, ter Rosina no seu louco amor? Mas, por outro lado, quem ha de dizer ao coração que é loucura amar? Como havia ella, allucinada pela paixão, de raciocinar comsigo mesma: «Tu és a pobre Regnau, a vivandeira franceza, que acompanhas o exercito vencedor; elle é o soldado do exercito vencido, e vencido elle mesmo. Não se póde transpôr um abysmo, muito menos dois.
O teu quadro, Rosina Regnau, é verdadeiro. Lucta até o fim, vivandeira, faze como os soldados que foram teus irmãos. Combate a saudade com a esperança. Soffre, porque o soffrer é de quem lucta. Mas porfia, conquista resignadamente esse coração onde desejas reinar, porque todo elle é preciso para o throno da tua felicidade.
mas enviava á Rosina lindas corbeilles de flôres, bouquets de violetas, umas prendasinhas graciosas, que pareciam levar intenções significativas. O commendador, realmente, disia a D. Clementina muito amigo é da tua pequena; nunca lhe conheci este affecto pelas creanças.
Quem póde luctar com as ondas sem naufragar? Não lucte, Rosina, não lucte com o que é invencivel. Guarde essa coragem do seu bello coração para as batalhas do mundo, que toda lhe será precisa. Deixe-me ir até onde chegam todos os infelizes. Não sabe que ámanhã posso encontrar a bala que me mate?... Não será ámanhã, não, porque eu ámanhã não haveria completado a minha obra.
Mil vezes se atirára á morte, e a morte parecia respeitar no sorriso de Rosina Regnau a heroicidade do soldado. Dir-se-ia que a vivandeira tinha duas azas, que, desdobradas, o abrigavam.
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