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Emilia! não vês a lua Como vacilla e fluctua, Ora avança, ora recúa, E não ha passar d'alli? Tu és a imagem d'ella;

Em teus olhos a turba uma voragem, Cobre o rosto e recua apavorada... Mas eu confio em ti, sombra vellada, E cuido perceber tua linguagem... Mais claros vejo, a cada passo, escritos, Filha da noite, os lemmas do Ideal, Nos teus olhos profundos sempre fitos... Dormirei no teu seio inalteravel, Na communhão da paz universal, Morte libertadora e inviolavel!

O mundo não recúa. A Historia ha de varrer teu nome para a rua, como uma velha o lixo immundo na calçada. Tu é que morrerás, tu, ó bexiga inchada de colera, de fel, d'orgulho, de vaidade, que eu despejei na rua, á luz da Sociedade, como quem lança o lixo ao pateo d'um saguão. Desengana-te ó Velho.

Luz intima, afinal, alumiou-me... Filha do mesmo pae, sei teu nome, Morte, irman coeterna da minha alma! Que nome te darei, austera imagem, Que avisto n'um angulo da estrada, Quando me desmaiava a alma prostrada Do cançaço e do tedio da viagem? Em teus olhos a turba uma voragem, Cobre o rosto e recúa apavorada... Mas eu confio em ti, sombra velada, E cuido perceber tua linguagem...

Irei, tão instinctivo, Tão amoroso e firme, Eu sinto a attrair-me A ti o teu poder, Que eu vejo em ti o Norte, Para onde se encaminha A pura essencia minha, Que sente, pensa e quer! Irei vencendo, indomito, Innumeros attrictos, E escolhos infinitos, E infindos escarceus, Como essa vaga enorme Do mar que não recua, Seguindo sempre a lua Que passar nos ceus!

O Bartholomeu da Ventosa, afanado com a sua lida, em á porta de um dos moinhos, bracejava, ralhava, praguejava como um possesso. Os brutos dos moços tinham-lhe quebrado duas cordas ao enquerir as cargas de uma récua de machos pimpões presa á argola do moinho. De repente viu um castão de bengala saír-lhe por cima do hombro. Voltou-se: era o prior.

A natureza, porém, vae um pouco mais longe do que o diccionario; e a pobre creatura humana recua atterrada na presença de uma aluvião de desgraçados que ha em Rilhafolles, não como o da flauta, que falla e toca, mas dos que não fallam: não pensam: não ouvem: chiam, guincham, riem, e babam-se.

A distancia, vem o arreeiro no seu carro toldado, guiando a récua de machos carregados de odres de vinho: logo o pastor com o guarda-mato de pelle de cabra, o cajado ao hombro, conduzindo as ovelhas, a vara de porcos, gordos como texugos, ou a boiada loura de longas hastes.

O celeste rubor, que tinge a Aurora, Sóbe á face gentil, e as rosas brilhão, Mas súbito tremor branquê-as logo; Ei-la, d'olhos no Ceo, recúa e geme: Eu, porém, que no effeito observo a causa, Ao seductor pestifero arrebato O objecto divinal, que o torna hum Monstro. Sciencia. Olha o Ceo na Innocencia a imagem sua. Indigencia. Sciencia.

Juncto das tuas bordas pavorosas O perverso recúa horrorisado: Após si volve os olhos; na existencia Deserto árido descobre ao longe, Onde a virtude não deixou um trilho. Mas o justo chegando á meta extrema, Que separa de nós a eternidade, Transpoem-a sem temor, e em Deus exulta.

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