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Deus não falta aos infelizes sem culpa, nem mesmo aos culpados... Tambem orei pelo primo Affonso. Eu não orei disse o pae mas rasguei o documento de sua infamia. Affonso de Teive contava os dias, e, no ultimo dia, a hora e instantes em que devia receber carta de Theodora. Esperou uma semana em alvoroço, e , ao decimo dia a mallograda esperança o atormentava.

Rasguei um bocado de papel da carteira, escrevi a lapis estas linhas: «Quem vier... trepe pelas neves que cobrem o Seio de Sabá, o esquerdo, até chegar ao cimo, d'onde verá logo, para o lado norte, a grande calçada feita por Salomão». Bem! Ora agora, Jim, quando deres este papel a teu amo dize-lhe que lh'o manda quem sabe, e que siga bem a indicação! Mas ouviste?

Rasguei esta carta, comecei outra, mas tão acerba de estylo que devia exasperar quem eu queria commover. Não a conclui, e andei uma hora a passear phreneticamente em todas as direcções no meu quarto. Primeiro tive ideias de rompimento immediato; depois desvaneceram-se. Rebentou em chamas o furor e o ciume; depois apagaram-se.

Pobres enleios de carmim Que reservara pra algum dia... A sombra loira, fugidia, Jámais se abeirará de mim... Ó minhas cartas nunca escritas, E os meus retratos que rasguei... As orações que não rezei... Madeixas falsas, flôres e fitas... O «petit-bleu» que não chegou... As horas vagas do jardim... O anel de beijos e marfim Que os seus dedos nunca anelou...

«Gloria! esphinge eterna que dominas com teu olhar prophetico do Incerto, que nos fazes sonhar verdes collinas; na poeira da areia do deserto, Harmonia longiqua, mas que perto, cremos ouvir, marchando entre ruinas, e que de repente nos fulmina e estalla, como um conviva que morreu na salla! «Como eu te procurei por val e monte, e me rasguei nas lanças dos espinhos!

Eu possuia apenas o número do Jornal da Tarde, que rasguei pelo meio, e partilhei com êle fraternalmente. E quem não viu então Jacinto, senhor de Torges, acaçapado

A meio caminho, envergonhei-me de mim. Rasguei o que estava escripto. Aos sessenta e cinco annos, que me batem á porta, não ter equanimidade para reprimir o amor proprio, uma das poucas e enfraquecidas paixões que nos perseguem até a velhice, é fraqueza que humilha o orgulho legitimo. Domando a vaidade, fico bem commigo.

O obstaculo estimula, torna-nos perversos; Agora sinto-me eu cheio de raivas frias, Por causa d'um jornal me regeitar, ha dias, Um folhetim de versos. Que mau humor! Rasguei uma epopeia morta No fundo da gaveta. O que produz o estudo? Mais d'uma redacção, das que elogiam tudo, Me tem fechado a porta. A critica segundo o methodo de Taine Ignoram-n'a. Juntei n'uma fogueira immensa.

Vivo alheio de todos e de tudo, Mais callado que o esquife, a Morte e as lousas, Selvagem, solitario, inerte e mudo, Passividade estupida das Cousas. Fechei, de ha muito, o livro do Passado Sinto em mim o despreso do Futuro, E vivo commigo, amortalhado N'um egoismo barbaro e escuro. Rasguei tudo o que li.

Possuia apenas o velho numero do Jornal do Commercio, que escapára á dispersão dos nossos bens. Rasguei a copiosa folha pelo meio, partilhei com Jacintho fraternalmente.

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