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Atualizado: 30 de setembro de 2025


E muito ao longe, no alto, sobre pedaços de ceu de um azul deslavado, que nós entreviamos pelos interstícios das ramas, urubús recortavam-se muito negros, muito pacificos e espalmados, nos seus vôos arredondados, pairando como n'uma contemplação enamorada da terra que os sustenta com suas putrefacções, com seus resíduos infames e nojentos.

Á medida que a encosta se ia elevando, cerrava-se mais e mais o pinhal. A chuva engrossára, e por entre as ramas mal coava um ou outro raio de luar, iriando, como perolas transparentes, as gottas d'agua, que tremeluziam no extremo das agulhas. Era no alto da serra que o seu thesoiro junto pouco a pouco, desde tantos annos, fôra escondido.

Sons mais queridos Espera o seu ouvido nesse instante. Rangendo as folhas seccas denunciam Que se aproxima alguem: empallidece De susto e de prazer ao mesmo tempo. D'entre as ramas que a brisa doidejante De espaço a espaço agita, mansamente Parte emfim uma voz: é voz amiga; De subito o rubor lhe volta ás faces, E mais livre, porém não menos forte, Bate-lhe o coração no peito agora.

Mas quando chegamos ao laranjal, á beira da larga rua da quinta que levava ao tanque, debalde procurei, e me embrenhei, e até gritei: Eh, prima Joanninha!... Talvez esteja para baixo, para o tanque... Descemos a rua, entre arvores, que a cobriam com as densas ramas encruzadas. Uma fresca, limpida agoa de rega corria e luzia n'um caneiro de pedra.

Oh, que viesse o que não crê, comigo, Á vecejante Arrabida, de noite, E se assentasse aqui sobre estas fragas, Escutando o sussurro incerto e triste Das movediças ramas, que povoa De saudade e de amor nocturna brisa; Que visse a lua, o espaço oppresso de astros, E ouvisse o mar soando: elle chorára, Qual eu chorei, as lagrymas do goso, E adorando o Senhor detestaria De uma sciencia van seu vão orgulho.

O unico ruído que sussurrava era o ranger do baixel, e o sibilo de vento embatendo em nós, e abysmando-se nos nossos ouvidos, o que nos fazia escutar um som semelhante ao do pinhal que se estorce e vérga ao redemoinharem-lhe por entre as ramas os mil braços da tempestade nocturna.

E no emtanto as aves chilreando por entre as ramas dos arvoredos vinham como n'um concerto infernal soar aos ouvidos da pobre Magdalena! Que me diz, sr. Manuel de Mendonça? Hesita? Não a ama?

Agora se recostam ellas n'um escabello de cortiça, cujo espaldar lhe formam almofadas de fofas murtas, matizadas da flôr do maracujá. Perto d'ellas trepida uma fonte; no tanque, onde a lua principia a espelhar-se, coaxam as rans; a viração cicia nas ramas do pomar; zumbem os insectos, espanejando-se ao frescor da tardinha.

Disse então que n'aquilo se enxergava que era desejado tudo o que com mais trabalho se podia haver; porque não se podia ir alem sem se passar a agoa, que corria ali mansa e mais alta que na outra parte. Algumas das ramas estendiam-se por cima d'agoa, que ali fazia algum tanto de corrente, e, impedida por um penedo, que no meio d'éla estava, se partia para um e outro lado, murmurando.

Uma lufada de vento, halito abrazado da tormenta, passava solta por cima dos campos, acamando as hervas altas, destoucando os arbustos, e saccudindo as ramas das oliveiras, dos alamos, e das faias, e ia morrer distante no roncar soturno e rouco dos trovões.

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