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Atualizado: 21 de outubro de 2025
Antonio lera commovido essas singelas quadras, cujo toque de sentimento não póde enternecer-nos, talvez. Nos labios d'elle, tremulos e nervosos, a poesia soava como um canto funebre. Que tristeza no declamar! Poderia ter-se como uma elegia á innocencia de Maria? Por Deus que não.
Era a sua famosa cantiga, o Fado dos Ramires, rosario de heroicas Quadras celebrando as Lendas da Casa illustre que elle desde mezes apurava e completava, ajudado na terna tarefa pelo saber do velho Padre Soeiro, capellão e archivista da Torre. Gonçalo empurrou a portinha verde. No corredor espirrava uma lamparina mortiça, já sem azeite, junto ao castiçal de prata.
Figurou-se-lhe que o mais contundente látego era a satyra em verso. Não teve amigo que lhe aconselhasse juizo e discrição, como convinha á gravidade do seu officio, e ao melindre da poderosa parentela de D. Claudia. Escreveu, e deu copias a diversos amigos das seguintes quadras: A UMA PELLADA Mulher, n'esse teu desgarro...
Algum mais odiento levou a sua vingança ao extremo de fazer quadras ao desventurado negociante. Algumas d'essas quadras, em verdade chistosas, chegaram á minha mão.
A sensação e a dôr da morte não estão no phenomeno da morte physica, em si, no termo da nossa vida material. Estão na lenta morte moral do nosso coração, no desapparecimento successivo dos que amamos e que levam, a pouco e pouco, comsigo, para o mysterio do tumulo, pedaços vivos da nossa alma. Toda essa ideia está admiravelmente expressa n'estas quatro esplendidas quadras.
Se eu fosse pedante era capaz até de te provar que o livro que descrevesse o que o homem tem comido nas épocas primitivas e nas quadras de civilisação refinada e perfeita, nos periodos de barbaria e nos tempos de desenvolvimento e de progresso, seria o livro mais completo da historia universal da humanidade. O alimento faz o homem.
A ti que os meus ais resumes Estas quadras dolorosas, Corpo inundado em perfumes, E de pomadas cheirosas: .......................................... .......................................... A mim custa-me a morrer, Não por que esta vida valha; Mas porque sei que heide ter Teu coração por mortalha.
O ignorado trovador cantou ainda outras duas quadras, porêm já sem interêsse para o Silveira, porque gemiam lamechas trivialidades de amor. No entanto, o grato alvorôço daquela primeira impressão ficou. «Não era só êle...» comprazia-se em repetir no íntimo, vivamente sensibilizado por êste traço imprevisto de afinidade moral com gentes de condição tam abaixo da sua.
Então que estava lendo? que estava lendo?... Poh! poh! poh!... Versos... Ora que nunca pude gostar de versos!... Poh! poh!... E não é agora porque se diga que não tinha quéda; não, senhores; em tempos fiz até algumas quadras... Poh! poh!... já se sabe, até certa idade, mas nunca fui muito para ahi... Poh!... A minha vocação é para a musica... Poh! poh!... Lá para a musica, sim... Poh! poh! poh!... Herman e Dorothéa continuava elle, examinando os livros.
E como não descortinavam o Fado com as quadras do Videirinha foi justamente uma das suas valsas, a Perola, d'uma cadencia amorosa e cançada lembrando a valsa do Fausto, que elle atacou, sem largar o charuto.
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