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Atualizado: 29 de julho de 2025
A meu vêr, a paizagem carece de belleza; a natureza menos consistente dos terrenos schistosos produz a molleza de contornos; e a cultura, fazendo dos montes escadarias, destruiu toda a harmonia natural e substituiu a paizagem, não por outra paizagem mas por cachos d'uvas em prateleiras.
Um severo e discreto compartimento, recebendo luz apenas do hangar exterior e totalmente vestido em volta por uma alta cinta de estantes de carvalho, em cujas prateleiras bambas um milhar de sonolentos volumes se alinhava gravemente. Do escasso trecho de parede sôbre uma das portas pendia uma litografia detestável de Domingo Sarmiento.
E dos chãos aos telhados, por toda a fachada, tapando as varandas, comendo os muros, Taboletas, Taboletas... Oh, este Paris, Jacintho, este teu Paris! Que enorme, que grosseiro bazar! E, mais para sondar o meu Principe do que por persuasão, insisti na fealdade e tristeza d'estes predios, duros armazens, cujos andares são prateleiras onde se apilha humanidade!
Lançou as mãos a segunda argola e eis que lhe apparece novo escondedouro. Não tem sarcophagos, nem feretros, nem prateleiras, nem divisões. Menos alto do que largo, é simplesmente uma grande caixa de pedra. No pavimento amontoam-se braços encrusados, pernas desconjuntadas e caveiras ás duzias. Era uma pilha putrefacta e immunda de caveiras e esqueletos humanos: um repulsivo e fetido ossario emfim.
Ignora completamente todas as artes que constituem os elementos da felicidade conjugal e que só por uma grande pratica e por uma longa tradição se aprendem: a arte de se fazer bella pelo simples modo de atar uma fita, de pôr em si uma flor, pela maneira de coser, de caminhar, de se sentar n'um fauteuil, de pegar no talher, de estar á mesa; a arte de dirigir a cozinha, de organisar a alimentação, de extrair da sua chimica a alegria e a saude dos seus commensaes; a arte de arranjar a casa, de lhe dar physionomia, de a obrigar a mostrar talento, a exprimir idéas, a ter quasi conversação, fazendo respirar como coisas vivas nos armarios as pilhas perfumadas da roupa branca, sorrir nas prateleiras da casa de jantar o esmalte das loiças e o estanho reluzente das tampas das canecas, estenderem-nos os braços as cadeiras do salão, e solicitarem-nos a permanecer a côr dos cortinados, o tom dos estofos, o assumpto dos quadros, a collocação dos moveis, a graduação da luz, a frescura do ar, a nitidez geral do aceio e a sabia disposição dos livros e dos jornaes sobre o panno da mesa.
Louvado Deus! O meu Jacinto estava, emfim, provido de civilização! Subi contente. Na sala nobre, onde o soalho fôra composto e esfregado, encontrei uma mesa recoberta de oleado, prateleiras de pinho com louça branca de Barcelos e cadeiras de palhinha, orlando as paredes muito caiadas que davam uma frescura de capela nova. Ao lado, noutra sala, tambêm de faiscante alvura, havia o confôrto inesperado de três cadeiras de vêrga da Madeira, com braços largos e almofadas de chita: sôbre a mesa de pinho, o papel almasso, o candieiro de azeite, as penas de pato espetadas num tinteiro de frade, pareciam preparadas para um estudo calmo e ditoso de humanidades: e na parede, suspensa de dois pregos, uma estantesinha continha quatro ou cinco livros, folheados e usados, o D. Quixote, um Virgílio, uma História de Roma, as Crónicas de Froissart. Adiante era certamente o quarto de D. Jacinto, um quarto claro e casto de estudante, com um catre de ferro, um lavatório de ferro, a roupa pendurada de cabides toscos. Tudo resplandecia de asseio e ordem. As janelas cerradas defendiam do sol de agosto, que escaldava fóra os peitoris de pedra. Do soalho, borrifado de água, subia uma fresquidão consoladora. Num vélho vaso azul um mólho de cravos alegrava e perfumava. Não havia um rumor. Torges dormia no esplendor da sésta. E envolvido naquele repouso de convento remoto, terminei por me estender numa cadeira de vêrga junto
Não se desprezavam de cultivar, ellas mesmas, os seus canteiros de tulipas e de cravos, e eu seria o primeiro dos artistas portuguezes se conseguisse um dia condensar n'um livro toda a somma de methodo, de ordem, de execução esthetica, de picante espirito pittoresco, de risonha graça, de que era modelo a incomparavel cosinha da minha avó, aberta ao nivel do pateo defronte do poço, cheia das alegrias scintillantes do sol e do balsamico perfume dos limoeiros; enfumada, com os dois escabellos de carvalho de cada lado da borralheira sobre o vasto lar de granito; a enorme capoeira onde se espanejavam os capões; os tropheus ornamentaes dos instrumentos agricolas; as prateleiras da louça reluzente; o cortiço da barrela e a masseira do pão a um canto; os bambolins de paios e de presuntos do fumeiro suspensos do tecto; a comprida meza dos môços da lavoura tendo em cima a grande celha com a braçada verde dos frescos legumes picada com as pintas douradas das cenouras entre as avelumeio e gordas efflorescencias dos broculos; e no meio d'isso a intervenção periodica do mendigo de estrada, de alforge ao pescoço, que vinha encher a sua escudela de batatas ou de caldo, em quanto os pardaes mais atrevidos iam sem pedir esmola debicar a broa do balaio na testada do forno.
Tecto de um azul idealisado, representando um trecho de ceu coberto de creme. Nas vitrines, de um só cristal immaculado, desdobram-se em degraus, como n'um throno de lausperenne, as prateleiras de veludo cor de cereja, de cuja suavidade macia e ardente destacam em vigoroso relevo as joias em exposição.
Depois deu-me a curiosidade pra lhe ir espreitar as toilletes no guardavestidos mas o guarda-vestidos era uma série de prateleiras com chaves numeradas e já devidamente classificadas e postas cardinalmente plas alturas desde a minha chave do estojo da rabecca até ás chaves de São Pedro.
Uma estante de madeira enchia outro pedaço de parede, entre dois retratos negros com caixilhos negros; sobre uma das suas prateleiras repousavam duas espingardas; nas outras esperavam, espalhados, como os primeiros Doutores nas bancadas d'um concilio, alguns nobres livros, um Plutarcho, um Virgilio, a Odyssea, o Manual de Epictecto, as Chronicas de Froissart.
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