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Atualizado: 21 de julho de 2025


Não falla vão Agoureiro, De cujas palavras rias; Meus trabalhos me fizerão Mestre nestas profecias. Não te fies em ventura; Quem joga, tem o meu fim; Outrem te dará os gostos, Que tu me tens dado a mim. Resposta a huma Carta, que em boa Poezia citava o A. por huns Versos, que tinha promettido. A tua polida Carta, Que honrou hum Poeta razo, Escrita em pura linguagem, E assignada no Parnazo;

V. Excellencia se digne de não julgar atrevimento ir eu aprezentar hum Livro de inuteis Versos naquellas mesmas mãos, em que se apresentão Papeis, que decidem dos interesses do Estado, e dos destinos dos homens. A Poezia, Senhor, he odioza a quem nella não he instruido.

Offerecendo alguns dos Versos, que vão neste Livro ao lllustrissimo, Excellentissimo Senhor Marquez de Angeja, Ministro de Estado, perante o qual se pertendeo desabonar a Poezia, e os Poetas.

Senhor, se vos são acceitos Pobres Versos, mal limados, Entre vidros, e receitas, Em triste leito traçados; Se de hum sombrio doente A fúnebre poezia Os prazeres não perturba Deste faustissimo Dia; Consenti, que a branda Lyra, Por vós outr'ora escutada, E que teimoza molestia Tem ha muito pendurada; Sobre este cansado peito, Ferida com debil mão, Mande ao Ceo singelos hymnos, Nascidos do coração;

O homem que muitos seculos considerou a mulher um animal inferior e mal domesticado, fez d'ella movido por influencias que não podemos historiar aqui, o seu luxo, a sua poezia, o enlêvo das suas horas de ocio, depois novamente a escrava dos seus vicios ou o instrumento dos seus prazeres, e por fim um mero ornamento social, um brinquedo sem importancia, uma creança indocil, ante a qual se curvava, não porque a respeitasse mas porque n'esta falsa e mentida submissão encontrava novos requintes de prazer.

A Muza, que ha pouco as fez, Outra rima não me inspira; Por mais que mordo nas unhas, E que em vão tempéro a Lyra. Acceitai meus bons dezejos; E como homem de razão Não desprezeis baixos Versos, Quando os dicta o coração; Minhas fiéis expressões, Filhas de amor, e saudade, O que não tem em poezia, Lhe vai supprido em verdade.

Curai todos os Domingos A minha doença interna; Sobre a meza milagroza Seja esta ave, huma ave eterna; De outra, que finge a Poezia, Trocai em verdade a pêta; E seja hum negro Perum A Fenis deste Poeta; Na ondada, pia toalha, Co'a benção da vossa mão Seus frios, despidos ossos, De carne se cubriráõ;

Apollo não troca as Artes; Mas vendo a Artifice, infia; Recêa que com taes braços A Dança affaste a Poezia; Tambem sois réo; mas bem póde A Mágia dos passos seus Encantar os vossos olhos, Sem fazer chorar os meus. Ao Excellentissimo Senhor D. Fernando de Lima, sobre o mesmo assumpto. Forte co'a vossa promessa Dura voz se vai alçar; Não vem como das mais vezes, Não vem pedir, vem ralhar;

Sabes que intento imprimir; E porque o Povo não fuja, Sabio Amigo, emenda, risca, Põe sabão na roupa suja; Não te vendo falso íncenso; Es Juiz da Confraria; Oxalá que altos negocios Se tratassem em Poezia; A Paz, a fugida Paz, Voltára seu alvo cóllo; E dera brandos ouvidos A' branda Lyra de Apollo;

A' Illustrissima, e Excellentissima Senhora Marqueza de Alegrete, quando lhe nasceo huma Filha. Senhora, he couza sabida, Que aos Deozes não são vedados Os escondidos segredos Do escuro livro dos Fados; E pois que em tempos antigos tive alguma valia Co'aquelle, a quem coube em forte O governo da Poezia;

Palavra Do Dia

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